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Haval H6 híbrido plug-in tem 1.000 km de autonomia e virá ao Brasil
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Haval H6 híbrido plug-in tem 1.000 km de autonomia e virá ao Brasil

Great Wall Motors lançou na China o SUV Haval H6 em duas versões híbridas que combinam motores 1.5 turbo e elétricos com potência total de até 325 cv

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

24 de ago, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Great Wall Haval H6
Great Wall afirma que tecnologia 5G está em desenvolvimento e que seus carros terão o chip Qualcomm Snapdragon de última geração
Crédito:GWM/Divulgação

A Haval H6, marca de SUVs da Great Wall, ganhou boas novidades na China. O modelo foi apresentado em duas versões híbridas. Assim, uma delas tem sistema convencional, como o dos Toyota Corolla e Corolla Cross, por exemplo. Além disso, haverá opção híbrida plug-in, que promete bons números de desempenho e autonomia, superior a 1.000 km. O lançamento do carro no Brasil deve ocorrer em 2023.

Assim, a versão DHT-PHEV combina o 1.5 turbo com injeção direta de gasolina a um motor elétrico. As baterias podem ser recarregadas em tomadas. Como resultado, a potência combinada é de 325 cv. Além disso, a autonomia apenas no modo elétrico é de 201 km, segundo a Great Wal. Portanto, quem utiliza o carro apenas em centros urbanos poderia, em tese, rodar apenas com eletricidade.



Por sua vez, o Haval H6 DHT-HEV é um híbrido convencional, com baterias menores que não podem ser recarregáveis em tomadas. Esse conjunto tem motor o mesmo motor 1.5 turbo e outro elétrico. De acordo com a marca, a potência combinada é de 243 cv. Segundo estimativas iniciais, a autonomia no modo 100% elétrico é 30 km. Porém, esse dado não foi confirmado pela Great Wall.

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Estreia no Brasil

Conforme a fabricante, os dois modelos terão transmissão de duas velocidades. Uma serve para médias velocidades e a outra, para altas rotações. Acionamento por meio de botão giratório. A importação da dupla para o Brasil deve começar ainda neste ano. Na sequência, em 2023, a fábrica da Great Wall em Iracemápolis (SP) deve começar a produzir os motores 1.5 turbo flexíveis.

De acordo com os executivos da Great Wall, o sistema elétrico tem várias opções de funcionamento. Na básica, o torque vai diretamente para as rodas. Além disso, essa função aciona o carregamento das baterias. Bem como auxilia o motor a combustão gerando força adicional quando isso for necessário. Da mesma forma, dá para utilizar o motor a combustão como um gerador de eletricidade enviada às baterias. Assim, o que move as rodas é o motor elétrico.

Foco no uso urbano

Em síntese, a tecnologia, batizada de DHT, permite utilizar apenas eletricidade para mover o Haval H6 em centros urbanos. Para isso, o sistema funciona em velocidades inferiores a 140 km/h. Porém, as opções de modos de condução só vão estar disponíveis na versão PHEV, híbrida plug-in. Na convencional, o sistema alterna os modos de forma automática, conforme a necessidade.


Haval
GWM/Divulgação

Características

No visual, a versão convencional se diferencia da PHEV pela grade octogonal. Já a dianteira da plug-in lembra a do Peugeot 3008. Na traseira, o destaque é, além da lanterna que vai de uma ponta a outra da carroceria, o tamanho do porta-malas. De acordo com a marca, o compartimento tem 600 litros de capacidade.

Da mesma forma, uma das virtudes do Haval H6 para enfrentar a forte concorrência no Brasil é o bom porte. De acordo com a fabricante, o modelo tem 4,65 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,73 m de altura e 2,73 m de distância entre os eixos. Portanto, entre os rivais diretos estão o Jeep Compass 4xe e Caoa Chery Tiggo 8 Pro. Assim, a expectativa é de que o novo modelo tenha preço entre R$ 300 mil e R$ 400 mil.


Haval
GWM/Divulgação

Na cabine, chama a atenção a central multimídia. O sistema do Haval H6 tem tela de 12,3 polegadas. Além, disso, permite o espelhamento de smartphones com as plataformas Android Auto e Apple CarPlay, sem necessidade de uso de cabo. Por sua vez, o painel de instrumentos é uma tela digital de 10,2″.

GWM/Divulgação

Outras opções

Além dos SUVs da Haval, a GWM aposta em outras marcas no Brasil. A Poer, por exemplo, foca picapes médias. A Tank é especializada em jipes com tração 4×4. Por fim, a Ora mira o segmento de veículos elétricos. Seja como for, não há detalhes sobre quais desses modelos vão ser vendidos no País.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.