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BYD registra no Brasil sedã elétrico com 700 km de autonomia
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BYD registra no Brasil sedã elétrico com 700 km de autonomia

Seal foi apresentado no início do mês e faz parte do plano de expansão em mercados internacionais da BYD; sedã concorrerá com o Tesla Model 3

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

20 de ago, 2022 · 4 minutos de leitura.

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BYD Seal elétrico
BYD Seal AWD tem tração integral e está a caminho do Brasil
Crédito:BYD/Divulgação

Apresentado no comecinho deste mês, o BYD Seal já aparece nos registros de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil. O sedã com ares de cupê chega ao mercado chinês – onde é produzido – até o começo de setembro para rivalizar com o Tesla Model 3. Na sequência, vai para Europa e Ásia para iniciar a expansão global.

BYD
BYD/Divulgação

A princípio, cabe lembrar que os registros no INPI não são garantia de lançamento local. A publicação das imagens é um procedimento padrão. Serve, portanto, como proteção dos direitos autorais.

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BYD
INPI/Reprodução

Ainda sem informações por parte da fabricante, o Seal, bem como o sedã Han e o SUV Tan, tem baterias Blade. O conjunto é feito com células fininhas de lítio-ferro-fosfato (LFP) que lembram lâminas – daí o nome em inglês. Dessa forma, são compactas e mais resistentes a incêndios. No ciclo chinês de aferição (CLTC), rende autonomia de até 700 km.

BYD
BYD/Divulgação

Em relação ao desempenho, o conjunto elétrico do Seal produz 204 cv no modelo de entrada, com tração traseira, e 315 cv na versão de topo de linha, com tração integral. No mais, o sedã com ares de cupê surgiu do conceito Ocean-X e usa a base e-Platform 3.0. Ele mede 4,80 metros de comprimento e tem 2,92 m de entre-eixos. Além disso, tem 1,59 m de altura e 1,91 m de largura. O peso varia de 1.885 kg a 2.150 kg, de acordo com a versão – há quatro disponíveis. Na China, os preços partem de 209.800 yuans, o equivalente a R$ 160 mil na conversão direta.



Han pode vir híbrido

Quem também deu o ar da graça no INPI foi o Han híbrido. Na versão DM-i, tem motor 1.5 turbo com quatro cilindros e 139 cv aliado a dois elétricos. Um vai no eixo dianteiro, outro, no traseiro. As potências são de 197 cv e 218 cv. Combinadas, resultam em 415 cv. No modo puramente elétrico, a autonomia do Han híbrido chega a 242 km. Mas o que impressiona é o alcance com tanque cheio: até 1.300 km! Dessa forma, o consumo médio é de 23,8 km/l.

BYD/Divulgação

Já a configuração DM-p traz o mesmo 1.5 turbo, mas prioriza a performance e, assim, conta com motor elétrico dianteiro de 218 cv e motor traseiro de 272 cv. Neste caso, a autonomia elétrica cai para 202 km. Nas versões híbridas, por fim, o Han tem visual diferente, com para-choques, grade e lanternas traseiras mais tradicionais. O design das rodas também muda.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”