Você está lendo...
Chevrolet do Brasil terá novas picapes em 2023 com Montana e Silverado
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Notícias

Chevrolet do Brasil terá novas picapes em 2023 com Montana e Silverado

General Motors vai focar no segmento de picapes no próximo ano com novas gerações de Chevrolet Montana e Silverado, e versão inédita da S10

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

01 de set, 2022 · 8 minutos de leitura.

Publicidade

Chevrolet brasil
GM prepara lançamento da Silverado (foto), nova Montana e versão inédita da veterana S10 para os próximos meses
Crédito:Jeffrey Sauger/General Motors

Num mercado em que uma picape – a Fiat Strada – se tornou líder de vendas entre automóveis e comerciais leves, as montadoras, claro, passaram a dar mais atenção ao segmento. Seja de pequeno, médio ou grande porte, o fato é que as picapes já representam cerca de 17% dos emplacamentos totais registrados no País – ante 11% há dez anos. De olho nisso, a General Motors tem na manga três modelos da Chevrolet que chegarão a partir de 2023.

Durante a 45ª Expointer, feira agropecuária que acontece no Rio Grande do Sul até domingo (4), a GM voltou a confirmar a nova geração da Montana com lançamento no início de 2023. Também anunciou que a atual S10 ganhará nova versão de acabamento. E, por fim, que a grandalhona Silverado desembarca no País no último trimestre do ano que vem. Ela virá importada para concorrer diretamente com a RAM 1500, hoje sem concorrente no País.



“A Chevrolet tem longa tradição em picapes e nosso plano é ter as melhores opções para o consumidor. Montana, S10 e Silverado são modelos de tamanho e proposta complementares, por isso, estamos preparando novidades para cada uma delas em 2023”, diz Rodrigo Fioco, diretor de marketing de produto General Motors América do Sul. Com estes três produtos, a Chevrolet quer ser será a única marca com representantes em três categorias de picapes.

Publicidade


Nova Montana mira a Fiat Toro

Embora esteja circulando pelas ruas, a Chevrolet mantém segredo sobre a nova Montana. Maior que na geração anterior, ela terá a base modular de Onix e Onix Plus, e do SUV Tracker. Assim, terá os mesmos motores turbo. Ou seja, o 1.0 turbo flex de até 116 cv com etanol e o 1.2 turbo flex de até 133 cv e 21,4 mkgf de torque – este último disponível no Tracker.

Chevrolet Montana brasil
Reprodução/Renato Maia – Falando de Carro

Com mecânica moderna e várias outras tecnologias, a nova Chevrolet Montana vai tentar acabar com o reinado da Fiat Toro, que deixa a Renault Oroch para trás desde a estreia, em 2016. Para isso, poderá receber, por exemplo, atualizações “pelo ar”, tal como os carros da Tesla. Isso dispensará a ida à concessionária para “baixar” o software com novos recursos.


Outro ponto que já sabemos é que a nova Montana terá central multimídia e painel de instrumentos (10,25″ cada) em uma única peça. Ou seja, terá o painel do novo Tracker RS, à venda na China.

Silverado virá do México peitar a RAM

Conforme antecipado pelo Jornal do Carro no fim de julho, a Chevrolet trará a nova Silverado ao Brasil em outubro de 2023. Importada do México, a grandalhona terá o motor 6.2 V8 a gasolina do esportivo Camaro, com 420 cv de potência e 63 mkgf de torque. O câmbio é automático de 10 velocidades. E a tração, claro, é 4×4.

Jeffrey Sauger/General Motors

Ainda não está definido, mas acredita-se que a GM vai trazer ao Brasil a Silverado nas configurações Z71 e High Country. Além disso, ela virá com cabine dupla, ao contrário do modelo que foi vendido no Brasil há cerca de 20 anos (foto abaixo) – e que tinha cabine simples. Na nova geração, a picape tem 5,91 metros de comprimento e 3,74 m de entre-eixos.

picapes
ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO

Entre os equipamentos, ela conta com câmeras por todos os lados, telas de alta resolução para quadro de instrumentos e a multimídia, saídas de ar-condicionado traseiras, várias portas USB, revestimento com material que imita couro e assistentes de condução semiautônoma. Este último tem até câmera interna para monitorar as reações do motorista. Ou seja, caso os olhos não estejam na estrada, emite alerta sonoro e o sistema desliga sozinho.


Com tanto conteúdo, os preços devem acompanhar os modelos da RAM. Mesmo com o acordo comercial entre Brasil e o México, que isenta os veículos de taxa de importação, não dá para esperar valores muito diferentes do que é praticado pela RAM 1500, que custa R$ 456.990.

Chevrolet S10 Z71
DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO

S10

Já a S10, que concorre com Toyota Hilux, Ford Ranger, Volkswagen Amarok e companhia, dispensa apresentações. Com preços entre R$ 243.720 e R$ 313.190, a picape média tem cinco configurações disponíveis e é bastante tradicional por aqui. São elas: LS, LT, Z71, LTZ e High Country. A GM, no entanto, ainda não dá qualquer indício sobre a chegada da nova geração. A princípio, deve estrear no Brasil só em 2024, com a frente da nova Colorado.


Por ora, a picape média oferece controles eletrônicos de estabilidade e de tração, além dos assistentes de partida em rampas e de descida. Além disso, vem de série com 6 airbags e alerta de pressão dos pneus. Entretanto, a versão básica sequer tem central multimídia. O comprador deve se contentar com rádio MP3 com Bluetooth e entrada USB.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.