Na semana passada, o Jeep Avenger estreou no Salão de Paris. No entanto, o primeiro modelo 100% elétrico da marca também terá versões com motor a combustão. De acordo com a empresa, trata-se do 1.2 a gasolina, para mercados como Espanha (veja abaixo) e Itália. Conforme o Jornal do Carro antecipou recentemente, no Brasil o carro deverá ter propulsor flexível e sistema híbrido leve.
Conforme a Jeep, o trem de força é comum aos carros da Stellantis. Ou seja, trata-se do 1.2 Puretech de três cilindros, com turbo. Segundo a empresa, a potência é de 100 cv e o torque, de 20,8 mkgf. A tração é no eixo dianteiro. Além disso, nessas versões o “baby Jeep” tem câmbio manual de seis velocidades. Um automático de oito marchas pode estar a caminho.
Com esse conjunto, o Jeep Avenger pode acelerar de 0 a 100 km/h em 10,6 segundos. Na Europa, os preços partem de € 25.900. Ou seja, pouco mais de R$ 137.200, na conversão direta. Para comparação, é praticamente o mesmo preço sugerido para a versão Sport T270 4×2 do Renegade no Brasil.
No País, o Avenger deve ter sistema híbrido leve que combina motor flexível, gerador e bateria de 48 volts. A aposta é no motor 1.0 Turbo GSE, que gera até 130 cv e no câmbio CVT. Ou seja, trata-se da mesma mecânica utilizada no Fiat Pulse. A marca italiana também faz parte da Stellantis.
Avenger elétrico tem autonomia de 550 km
Seja como for, o destaque é a versão elétrica do Avenger. O motor gera o equivalente a 156 cv de potência e 26,5 mkgf de torque. Segundo a Jeep, as baterias de íons de lítio de 54 kWh garantem autonomia de até 550 km. Além disso, como o modelo utiliza a plataforma e-CMP, de elétricos da Stellantis, tem opção de tração nas quatro rodas.
Estilo compartilhado
No visual, as diferenças entre as versões convencionais e elétricas são sutis. Ou seja, limitam-se a detalhes como logotipos, por exemplo. Seja como for, o Avenger se destaca por itens como a grade dianteira de sete fendas, comum a todos os carros da marca. Os faróis são retangulares e têm luzes de LEDs. Há ainda opção de pintura em dois tons e rodas de liga leve de 18 polegadas.
Com 4,08 metros de comprimento, o Avenger é 16 cm menor que o Renegade. Assim, o porte do novo Jeep é similar ao do Citroën C3, outra marca que compõe a Estellantis. Aliás, basta comparar imagens dos dois carros para perceber várias semelhanças. É o caso, por exemplo, das laterais e de partes da cabine.
O Avenger tem duas telas de 10,25″. Uma faz as vezes de quadro de instrumentos e a outra fica na parte superior do console. Esta faz parte do sistema multimídia, que tem conexão sem fio com as plataformas Android Auto e Apple CarPlay. Aliás, o C3 e o Peugeot 208 têm telas iguais.
Vários recursos eletrônicos
Porém, no Jeep há carregador de celular por indução, volante multifuncional e ar-condicionado automático. A capacidade do porta-malas é de 380 litros. Portanto, são 65 l a mais que o bagageiro do compacto da Citroën.
Entre os dispositivos eletrônicos o Jeep Avenger traz controle eletrônico de descida e seis opções de modos de condução. São elas: Normal, Eco, Sport, Snow (neve), Mud (lama) e Sand (areia). Bem como frenagem automática de emergência com identificação de pedestres e ciclistas. Por fim, há alertas de risco de fadiga do motorista e de ponto cego, farol alto automático, sensores de obstáculos e câmeras de 360°, por exemplo.
Além disso, a versão puramente elétrica traz sistemas de assistência autônoma de condução de nível 2. Segundo a Jeep, o Avenger destinado ao mercado europeu é feito na fábrica de Tychy, na Polônia. No Brasil, a expectativa é de que o compacto seja fabricado em Goiana (PE). Na planta da Stellantis são produzidos os Jeep Renegade, Compass e Commander, bem como a Fiat Toro.