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Chevrolet Onix se despede do VW Gol em postagem nas redes sociais
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Chevrolet Onix se despede do VW Gol em postagem nas redes sociais

Em postagem de despedida assinada pelo hatch Onix, Chevrolet faz homenagem ao rival VW Gol, que sai de linha em dezembro com edição limitada

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

22 de nov, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen Gol
Crédito:Divulgação/Volkswagen

O Volkswagen Gol se despede do mercado brasileiro em dezembro, após 42 anos de produção e vendas no País. O hatch popular da Volkswagen foi carro mais emplacado por 27 anos consecutivos. A sua despedida, portanto, é celebrada pela VW com a série limitada Last Edition. Bem como pelos concorrentes. Caso da General Motors, que fez uma despedida nas redes sociais “assinada” pelo Chevrolet Onix, líder do mercado na última década.

Na publicação, aparece uma foto com duas frases (veja aqui). A primeira diz “concorrentes sim, inimigos nunca”, enquanto a outra complementa com “obrigado Gol por essa longa e bonita disputa que travamos pelo coração dos brasileiros. #respect. Assinado Chevrolet Onix”. A homenagem continua na legenda, que diz que o País se despede de um dos grandes craques das ruas e que “junto com o Onix, mudou o jeito que as pessoas pensam em carros”.

Gol e Onix
Reprodução/Chevrolet

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A história dos rivais começou em 2012, quando a Chevrolet lançou o Onix no mercado brasileiro. De início, o VW Gol liderava com folga – uma diferença de mais de 100 mil unidades. No entanto, aos poucos, o Onix começou a subir no ranking, enquanto o Gol perdeu espaço. Mas foi só a partir de 2015 que o hatch da marca da gravata dourada passou a liderar as vendas, mantendo a colocação até 2020. Desde 2021, o Hyundai HB20 é o líder.



Apenas mil unidades

Ainda sem revelar o preço, a Volkswagen elaborou um hotsite para o “Gol LE”. Nele, é possível fazer o cadastro para receber as informações sobre o início das vendas em primeira mão. Mas não é só. Há também um espaço dedicado para que você conte uma história com o Gol, caso já tenha tido alguma das versões do modelo.

Gol
Volkswagen/Divulgação

Por ser uma edição limitada, o último Gol terá apenas 1.000 unidades. O modelo foi feito pelo time de design da VW do Brasil e tem inspiração nas versões esportivas dos anos de 1980. Tem, por exemplo, um emblema com o desenho da clássica roda Orbital na coluna traseira.

Para reunir mais elementos do passado, a montadora pintou a carroceria do Gol Last Edition na cor Vermelho Sunset. Além disso, há detalhes pretos em várias partes do carro – nos retrovisores, na grade dianteira, nas maçanetas, nas calotas (das rodas de 15″), nos vidros e no para-choques traseiro. O interior, por sua vez, tem o emblema nos bancos e revestimento escuro.

Gol
Volkswagen/Divulgação

Motor é um mistério

Até o momento, não há informações sobre equipamentos e mecânica. Mas é provável que o hatch mantenha o motor 1.0 MPI flex de 3 cilindros e 12 válvulas, que gera 77 cv de potência e 9,6 mkgf de torque com gasolina. Com etanol, gera 84 cv e 10,4 mkgf. O câmbio é o manual de cinco marchas, com tração dianteira.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”