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Elétrico da Apple fica para 2026 e não terá piloto automático como Tesla
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Elétrico da Apple fica para 2026 e não terá piloto automático como Tesla

Apple Car tem estreia adiada em mais um ano por falta de tempo hábil e deve oferecer tecnologia mais tradicional, como nos carros atuais

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

10 de dez, 2022 · 3 minutos de leitura.

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apple
Carro da Apple ainda não teve esboço revelado
Crédito:Divulgação/REUTERS - Mike Segar

Já faz alguns anos que se fala no futuro carro da Apple, mas a fabricante do iPhone e do Macbook ainda não concretizou o plano de entrar no mercado de veículos elétricos. Mais uma vez, a notícia é de que a gigante de tecnologia adiou o “Apple Car”, também chamado de projeto Titan, para 2026. A data anterior era 2025.

De acordo informações de bastidores, a gigante da tecnologia vem, de fato, trabalhando em um veículo totalmente autônomo. Entretanto, por ora, fica inviável construir um veículo com as características sugeridas de início num espaço tão curto de tempo.



Assim, o carro da Apple precisará ser mais tradicional. Ou seja, ao contrário do que queriam os líderes do projeto originalmente, precisará ter pedais e volante como os carros atuais. Entretanto, com uma unidade de comando superinteligente, com o codinome Denali – um processador que oferece desempenho equivalente a quatro chips Mac, da Apple.

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Apple gasta R$ 1 bilhão por ano no projeto

Como se sabe, o veículo promete oferecer direção totalmente autônoma em rodovias. Assim, terá capacidade de dirigir sozinho, como manda o nível 5 de autonomia em carros elétricos. Mas isso ficará para mais adiante. A Apple também pretende vender o veículo com câmeras e radares de última geração. A equipe que trabalha no modelo tem aproximadamente 1.000 funcionários e os custos já passam de US$ 1 bilhão por ano.

Tesla
Tesla/Divulgação

O inédito veículo será construído sobre uma plataforma EV pré-existente. Contudo, a marca da maçã continua em busca de um parceiro. O plano é que o carro custe menos de US$ 100 mil (R$ 524,5 mil na conversão direta). Assim, vai mirar o Tesla Model S e o Mercedes-Benz EQS, por exemplo. Ainda não há o desenho final, previsto para 2023. Atualmente, a empresa faz testes secretos com o veículo em uma antiga pista da Chrysler, nos Estados Unidos.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”