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T-Cross e Nivus ficam mais baratos com motor 1.0 turbo do novo Polo
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T-Cross e Nivus ficam mais baratos com motor 1.0 turbo do novo Polo

Feitos no Brasil e vendidos na Argentina, T-Cross e Nivus com sobrenome 170 TSI têm motor do Polo, com 95 cv e 16,8 mkgf, e lista mais enxuta

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

07 de dez, 2022 · 4 minutos de leitura.

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T-Cross
Volkswagen T-Cross 170 TSI custa o equivalente a R$ 153 mil
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Enquanto a Volkswagen não implanta o sistema híbrido flex para os seus carros nacionais, outras soluções mecânicas vêm sendo praticadas na região. Agora, a fábrica da marca em São José dos Pinhais (PR) passou a produzir o T-Cross 170 TSI, que usa a mesma configuração dos irmãos Polo 170 TSI e Nivus 170 TSI – ambos, feitos na planta da Anchieta, no ABC paulista.



Ainda sem oferta no Brasil, o T-Cross 170 TSI é feito aqui e exportado para a Argentina (bem como o Nivus 170 TSI). Entretanto, há boas chances de o SUV aparecer nas concessionárias brasileiras. Afinal, mesmo barateando o Polo, a Volks deixou uma lacuna no segmento de entrada após a saída do Gol. Desse modo, seria plausível ter um SUV com preço acessível. Mesmo simples, é uma ótima cartada, por exemplo, ter um utilitário com preço de Fiat Pulse (parte de R$ 96.590).

Potência de 95 cv

Preço lá embaixo é sinônimo de carro pelado. Além do motor 1.0 turbo a gasolina de 95 cv de potência e 16,8 mkgf, o T-Cross 170 TSI exclui diversos itens da lista. A começar pelo câmbio automático. O modelo tem transmissão manual de cinco marchas. Além disso, tem tração dianteira e freios traseiros a tambor (traz discos nos modelos mais caros).

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T-Cross
Volkswagen/Divulgação

Na terra vizinha, o T-Cross 170 TSI sai, de série, com rodas de liga leve com 16″, faróis de neblina e sistema multimídia Composition Touch com tela de 6,5″. Na parte de segurança, figuram os seis airbags, os freios ABS com distribuição de força e os controles de estabilidade e de tração. Vale lembrar que o Nivus 170 TSI tem o mesmo nível de equipamentos.

Volkswagen/Divulgação

Entretanto, após a chegada da novidade, a VW parou de oferecer o T-Cross MSI por lá. Este era equipado com o veterano motor 1.6 16V de 110 cv. Na Argentina, o T-Cross 170 TSI tem preço de 4.926.350 pesos, valor equivalente a R$ 155 mil na conversão direta. Assim, fica quase 2.500.000 pesos mais barato que o modelo Comfortline 200 TSI, de 7.405.650 pesos (R$ 233 mil).

No Brasil, o T-Cross de entrada (Sense) custa R$ R$ 114.850. Este tem com motor 1.0 turbo flex com potência de 116 cv (gasolina) e 128 cv (etanol). O câmbio é automático de 6 marchas. Na mesma configuração, o Nivus parte de R$ 124.100 nas concessionárias locais.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”