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Ford Maverick híbrida chega ao Brasil com autonomia de mais de 800 km
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Ford Maverick híbrida chega ao Brasil com autonomia de mais de 800 km

Feita no México, Ford Maverick será a primeira picape híbrida à venda no Brasil, tem potência total de 191 cv e ampla lista de equipamentos

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

19 de abr, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Ford Maverick Híbrida
Maverick Hybrid é um dos dez lançamentos prometidos pela Ford em 2023
Crédito:Divulgação/Ford

A Ford anunciou que as primeiras unidades da Maverick híbrida acabam de desembarcar no Brasil. Até o momento, a marca não divulgou a data de lançamento. Entretanto, no comunicado, informou que a estreia está próxima. Dessa forma, a Maverick vai ser a primeira picape híbrida do País. Por enquanto, o preço é mantido em sigilo. Porém, não deve ficar abaixo dos R$ 200 mil.

De acordo com a Ford, a Maverick Hybrid é um de seus dez lançamentos programados para 2023. A vinda do modelo feito no México faz parte do plano de descarbonização da marca para a América do Sul. Assim, a expectativa é de que a novidade acirre a disputa com a Fiat Toro. Segundo a Ford, as primeiras unidades vão ser usadas na preparação para o lançamento, ações de demonstração e treinamento.

Ford Maverick híbrida
Feita no México, Maverick será a primeira picape híbrida vendida no Brasil; Fotos: Ford

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Maverick tem autonomia de 800 km

A principal novidade é que a picape híbrida terá motor 2.5 aspirado de ciclo Atkinson e 162 cv de potência e outro elétrico, de 126 cv. Assim, no total são 191 cv. O torque, por sua vez, é de 21,4 mkgf. A tração é dianteira. Além disso, a Maverick Hybrid tem sistema de regeneração de energia. Isso contribui para a eficiência energética.

A Ford informa que, com esse conjunto, a Maverick roda mais de 800 km com um tanque de gasolina. O reservatório tem capacidade de 62,7 litros. De acordo com o “Inmetro” dos Estados Unidos, a picape roda até 17,8 km na cidade e 14 km na estrada com um litro de gasolina. Outros equipamentos são os freios a disco nas quatro rodas e a suspensão independente. A capacidade de carga é de 617 kg. Ou seja, igula à da Lariat FX4, que já está à venda no Brasil.

Divulgação/Ford

Picape terá boa lista de equipamentos

A Ford também não revelou a lista de equipamentos da picape. Entretanto, conforme adiantado pelo Jornal do Carro, a Maverick híbrida deve ter central multimídia com tela de 8 polegadas, sete air bags e rodas de liga leve de 18 polegadas. Além disso, os pneus têm menor resistência à rolagem. Além disso, o sistema FordPass Connect permitirá comandar funções do carro pelo smartphone.



A Maverick eletrificada terá, ainda, quadro de instrumentos com tela digital de 6,5″. Bem como frenagem autônoma de emergência, detecção de pedestres e faróis Full-LEDs com acionamento automático. Por fim, a lista de equipamentos de segurança incluirá controles eletrônicos de estabilidade e tração. Assim como câmera na traseira e frenagem pós-colisão.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.