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Dolphin, Yuan Plus e Song Plus; conheça os BYD que serão feitos no País
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Dolphin, Yuan Plus e Song Plus; conheça os BYD que serão feitos no País

BYD começa a produção na fábrica baiana de Camaçari em janeiro de 2025 e fará os elétricos Dolphin e Yuan Plus, bem como o SUV híbrido plug-in Song Plus

Vagner Aquino, especial para o Estadão

11 de out, 2023 · 10 minutos de leitura.

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BYD
BYD vendeu 2.706.075 carros na China em 2023
Crédito:DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO

Conforme noticiado pelo Jornal do Carro, a BYD inaugurou, na segunda-feira (9), a pedra fundamental na fábrica de Camaçari (BA). Após longo período de negociações entre o Governo do Estado e a Ford (antiga proprietária do local), a ação simboliza o início das obras pela fabricante chinesa. A partir de 2025, sairão das linhas de produção local os elétricos Dolphin e Yuan Plus, bem como o SUV híbrido plug-in Song Plus.



No local onde a Ford produziu carros por mais de 20 anos (até 2021), também haverá uma unidade de produção de baterias. Desse modo, será a maior fábrica da BYD fora da China. Para isso, receberá investimento de R$ 3 bilhões.

BYD
Dolphin parte de R$ 149.800 (Diogo de Oliveira/Estadão)

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Embora a BYD não fale em data exata ou qual modelo vai inaugurar a fábrica, a montadora – que, hoje, vende os elétricos Dolphin, D1, Tan, Han e Yuan Plus, bem como o híbrido Song Plus DM-i – será a primeira fabricante a produzir carro elétrico em solo brasileiro. O modelo de estreia deve ser o Dolphin – atualmente importado da China, como toda a linha. Isso, porque vem quebrando recordes de vendas. Só em setembro, registrou mais de 1.000 unidades.

Mas, o que esperar dos modelos montados na Bahia a partir de janeiro de 2025? Para sanar essas dúvidas o JC traz, abaixo, os principais detalhes do trio chinês de motorização eletrificada.

BYD Dolphin
Dolphin Plus (Jady Peroni/Especial para o Estadão)

Dolphin

Vamos começar pelo Dolphin, que estreou em junho deste ano no mercado brasileiro por R$ 149.800. Depois de nocautear adversários como JAC e-JS1 e Renault Kwid E-Tech, agora, o hatch também é oferecido na configuração Plus, que custa R$ 179.800.

Em termos de design, o Plus traz um pouco a mais de esportividade. Tem, por exemplo rodas de 17″, ao invés do conjunto de 16″ do Dolphin mais barato. Além disso, adiciona também teto panorâmico e pintura em duas cores na carroceria. Ao todo, a paleta reúne os tons azul, preto, rosa e branco. Já a cor secundária é sempre cinza.

BYD Dolphin elétrico
Dolphin (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Na motorização, a configuração de entrada tem propulsor elétrico dianteiro de 95 cv e 18,3 mkgf de torque. Assim, acelera de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e alcança velocidade máxima de 150 km/h. O pacote de bateria de 44,9 kWh fornece autonomia para rodar até 291 km segundo aferição do Inmetro.

Já a versão Plus do hatch é mais potente. Leva o mesmo conjunto elétrico do SUV Yuan Plus e, desse modo, gera 204 cv de potência e 31,6 mkgf de torque. Assim, acelera de 0 a 100 km/h em 7 segundos. A autonomia, de acordo com a BYD, é de 427 km no ciclo WLTP.

BYD
Dolphin (BYD/Divulgação)

A bordo, o motorista encontra uma enorme central multimídia com tela giratória de 12,8″ e padrão de acabamento caprichado. Tem couro, molduras estilizadas e partes macias ao toque. Entre ambas as configurações, diferem apenas as cores do acabamento. Na opção topo de linha adiciona o pacote ADAS de nível 2. Dessa forma, tem, por exemplo, piloto automático adaptativo, assistente de faixa, leitor de placas de velocidade e detecção de ponto cego, por exemplo.

Yuan Plus

O SUV elétrico chinês BYD Yuan Plus tem preço de Jeep Compass 4×4 a diesel, desempenho de Chevrolet Bolt e autonomia maior que a do Volvo XC40 (leia mais). Com 458 km de alcance declarado, o utilitário que chegou ao País em dezembro de 2022 é vendido em versão única de acabamento. Custa R$ 269.990.

Yuan Plus (DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO)

O modelo, como no Dolphin Plus, extrai 204 cv de potência do motor elétrico posicionado na dianteira. O torque máximo de 31,6 mkgf também não muda, bem como a aceleração de zero a 100 km/h em 7,3 segundos. As baterias Blade, de 60,5 kWh, fornecem os 458 km de alcance máximo.

Em medidas, tem 4,45 metros de comprimento, 1,87 m de largura e 2,72 m de entre-eixos. O visual é elegante e lembra os demais modelos da chinesa BYD, como o sedã Han EV e o SUV de 7 lugares Tan EV. Destaque para as luzes de LEDs que iluminam faróis e grade. Tem, ainda, rodas de liga-leve com 18 polegadas.

BYD Yuan Plus
Yuan Plus (DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO)

Por dentro, segue o conceito da maioria dos modelos da marca, com quadro de instrumentos de 5 polegadas e tela central giratória de 12,8″, que pode ficar disposta na horizontal ou na vertical. O sistema da BYD permite instalar apps como Spotify e Waze, mas depende da conexão do celular. E não tem espelhamento Android Auto e Apple Carplay.

Ademais, teto solar panorâmico, forração dos bancos com couro ecológico, entradas USB-C, controle de cruzeiro adaptativo, alertas de ponto cego, frenagem automática de emergência com detector de ciclistas e pedestres e, por fim, três modos de condução: Normal, Sport e Eco.

Song Plus

O Song Plus chegou ao Brasil no fim de 2022 como o SUV híbrido plug-in mais acessível do País. O utilitário estreou com preço de Jeep Compass Trailhawk turbodiesel, mas com conjunto híbrido mais poderoso que o do – também plug-in – Compass 4xe. É, portanto, equipado com o motor 1.5 a gasolina (impulsiona as rodas e também alimenta o motor elétrico) de 110 cv e um propulsor elétrico (no eixo dianteiro) de 179 cv. Combinada, a potência vai para 235 cv. Torque máximo: 40,8 mkgf. E tem aceleração de zero a 100 km/h em 7,9 segundos. E a bateria tem 8,3 kWh.


BYD Song Plus DM-i híbridos
Song Plus (Diogo de Oliveira/Estadão)

O sistema híbrido da BYD teve os números de consumo aferidos pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro. E o SUV chinês é um dos carros mais econômicos à venda no País. Faz 38,4 km/l em ciclo urbano. Supera os 1.000 km com o tanque de combustível cheio e a bateria carregada.

Song Plus (Diogo de Oliveira/Estadão)

Com tabela de R$ 269.990, é bem equipado. Tem central multimídia de 12,8 polegadas que reúne câmera 360º dentre suas funções. O quadro de instrumentos também é digital e personalizável, mas é maior: tem 12,3″. Ademais, tem chave presencial com partida remota, controlador de velocidade adaptativo (com Stop&Go) e assistente de permanência em faixa. Por fim, o Song Plus tem abertura elétrica da tampa do porta-malas (574 litros), chip de internet para atualização do sistema e faróis e lanternas full LEDs. Por dentro, há opção de 31 cores de luz ambiente.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.