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“Cavamos nossa própria cova com a Cybertruck”, diz Musk sobre Tesla
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“Cavamos nossa própria cova com a Cybertruck”, diz Musk sobre Tesla

Elon Musk afirma que levaria anos para que a Tesla conseguisse aumentar a produção da picape elétrica Cybertruck; lançamento acontece em 30 de novembro

Vagner Aquino, especial para o Estadão

21 de out, 2023 · 3 minutos de leitura.

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Tesla Cybertruck
Elon Musk disse que cavou a própria cova com a Cybertruck
Crédito:Tesla/Divulgação
cybertruck

“Cavamos nossa própria cova com o Cybertruck”. Foi assim, como um estorvo, que o CEO da Tesla, Elon Musk, se referiu à picape elétrica da marca, que há anos vem adiando sua estreia no mercado. O executivo assume que haverá enormes desafios para atingir o volume de produção (de 250 mil unidades anuais até 2025) do modelo, afinal, trata-se de um veículo “especial”. A produção em massa deve começar só em 2024.



“Quando você tem um produto com tecnologia inovadora ou mesmo um veículo totalmente novo, sempre haverá problemas. Isso, porque há uma grande quantidade de coisas para resolver ao mesmo tempo”, fala Musk. O empresário refere-se aos contratempos que a picape gerou. Por exemplo, os diversos problemas nas baterias que a Cybertruck (e outros modelos da Tesla) apresentaram. Na tentativa de amenizar as expectativas para o lançamento da picape – agora, previsto para 30 de novembro – Musk alertou que ainda há desafios para o aumento da produção.

Anunciada pela primeira vez em 2019, a picape com visual futurista deveria ser lançada em 2021. Entretanto, sofreu vários atrasos. Informações apontam que um dos principais motivos é a luta com o design exclusivo do veículo e a complexidade de produzi-lo em escala.

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tesla cybertruck
Cybertruck (Tesla/Divulgação)

Apesar do visual de gosto duvidoso, da falta de tradição da Tesla e dos diversos acidentes envolvendo a marca, Musk frisa que a Cybertruck está bombando. O executivo conta que até quarta-feira (18) havia mais de 1 milhão de reservas do modelo. Isso porque a picape já perdeu espaço. Hoje, a princípio, sem o ar de novidade, já foi ultrapassada por outras montadoras. É tanto que concorrentes já lançaram picapes com motor elétrico. Têm na lista, por exemplo, Ford F-150 Lightning e Rivian R1T.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.