“Cavamos nossa própria cova com o Cybertruck”. Foi assim, como um estorvo, que o CEO da Tesla, Elon Musk, se referiu à picape elétrica da marca, que há anos vem adiando sua estreia no mercado. O executivo assume que haverá enormes desafios para atingir o volume de produção (de 250 mil unidades anuais até 2025) do modelo, afinal, trata-se de um veículo “especial”. A produção em massa deve começar só em 2024.
“Quando você tem um produto com tecnologia inovadora ou mesmo um veículo totalmente novo, sempre haverá problemas. Isso, porque há uma grande quantidade de coisas para resolver ao mesmo tempo”, fala Musk. O empresário refere-se aos contratempos que a picape gerou. Por exemplo, os diversos problemas nas baterias que a Cybertruck (e outros modelos da Tesla) apresentaram. Na tentativa de amenizar as expectativas para o lançamento da picape – agora, previsto para 30 de novembro – Musk alertou que ainda há desafios para o aumento da produção.
Anunciada pela primeira vez em 2019, a picape com visual futurista deveria ser lançada em 2021. Entretanto, sofreu vários atrasos. Informações apontam que um dos principais motivos é a luta com o design exclusivo do veículo e a complexidade de produzi-lo em escala.
Apesar do visual de gosto duvidoso, da falta de tradição da Tesla e dos diversos acidentes envolvendo a marca, Musk frisa que a Cybertruck está bombando. O executivo conta que até quarta-feira (18) havia mais de 1 milhão de reservas do modelo. Isso porque a picape já perdeu espaço. Hoje, a princípio, sem o ar de novidade, já foi ultrapassada por outras montadoras. É tanto que concorrentes já lançaram picapes com motor elétrico. Têm na lista, por exemplo, Ford F-150 Lightning e Rivian R1T.
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