Se você tem filho pequeno, com certeza, deve estar super entrosado com o universo do Homem-Aranha. Afinal, o super-herói que enfrenta os mais diversos desafios por meio da capacidade de aderir na maioria das superfícies ao simples disparo de teias de aranha se tornou a sensação da criançada. Mas esse superpoder é algo absurdo para o mundo real, não é mesmo? Nem tanto! Afinal, teia de aranha é um dos materiais mais resistentes e leves do planeta. Por isso, a indústria automotiva também está de olho nesse componente.
O projeto em questão ainda segue em forma embrionária. Sequer passou de protótipos digitais. Por ora batizado como Velozzi Hypercar, o carro foi projetado pela empresa Spidey Tek, situada na Califórnia, Estados Unidos. Em síntese, a estrutura monobloco do veículo será moldada com uma mistura de fibras baseadas na seda da teia de aranha. Vale observar que o material é mais barato que o compósito de fibra de carbono.
Parceria com Universidade
A Spidey Tek mantém parceria com o Centro de Biofabricação Sintética da Universidade Estadual de Utah em uma pesquisa que aproveita uma proteína especifica da teia de aranha para produzir um tipo de seda sintética cultivada em alfafa. E é justamente esse componente que a equipe quer misturar com compósito de fibra de carbono e, desse modo, criar um material ainda mais resistente e leve – o que contribui para a eficiência do carro. A elasticidade é um dos pontos cruciais da nova descoberta.
“A seda de aranha, além de alta resistência, tem também muita elasticidade e uma resistência incomparável em relação à maioria das fibras industriais. Já o CFRP (compósito de fibra de carbono) com a sua rigidez inerente, quando misturado com seda de aranha, ganha ainda maior resistência”, explicou Roberto Velozzi, presidente da empresa, em entrevista a publicação Autoexpress. “A fibra de seda dobra onde a fibra de carbono parte. Além de custar muito menos”, argumenta.
De acordo com a equipe responsável, o Velozzi Hypercar terá motor V12 a gasolina e câmbio manual de seis marchas. Visualmente, a aparência de superesportivo e a área envidraçada em formato bolha deve render excelente coeficiente aerodinâmico. O número, claro, ainda não existe. A ideia é que o modelo chegue às ruas em quatro anos e custe cerca de US$ 3 milhões (R$ 14,6 milhões, na conversão direta).
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