Oficina Mobilidade

Seis cuidados com o câmbio automático do automóvel

O sistema aumenta o conforto e exige menos intervenções do motorista, mas requer cuidados para preservação do equipamento

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31 de mai, 2024 · 5 minutos de leitura.

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Crédito: Reprodução

Para sair com um carro equipado com câmbio automático, o motorista precisa apenas colocar a alavanca na posição D (drive). Não é necessário se preocupar com as trocas de marcha de acordo com cada situação do trânsito. Essa simplicidade se estende à manutenção, em geral menos frequente do que em veículos com câmbio mecânico. Mesmo assim, o sistema requer alguns cuidados para não apresentar problemas. 

“Recomendam-se a verificação e a troca de óleo conforme determina o manual do proprietário”, afirma Marco Barreto, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “Veículos com maior quilometragem acumulada podem apresentar aumento no tempo da troca de marchas ou solavancos. Nesses casos, é bom observar a embreagem e os freios internos da transmissão.”

Barreto destaca a importância de observar as condições da oficina que realizará o serviço. “A manutenção deve ser feita em um local limpo e, se possível, em ambiente controlado, para evitar que impurezas contaminem os componentes internos.” Além disso, existem procedimentos importantes para o câmbio automático não sofrer desgaste desnecessário e prematuro.

1. Alavanca em N

Muitos motoristas têm o costume de tirar o câmbio da posição D (drive) para a N (neutro) quando o veículo está parado por causa do semáforo vermelho, por exemplo. “Os carros automáticos estão programados para funcionar em D mesmo parados. Assim, engatar N aumenta o consumo de combustível. Se o motorista esquecer de retornar à posição D, o carro corre o risco de andar para trás em uma descida e causar uma batida”, explica Barreto.

2. “Banguela”

Jamais engate N para descer na “banguela”. O que muitos motoristas fazem em automóveis com motores carburados não deve ser repetido nos carros com câmbio automático. Além de gastar mais combustível, isso compromete a segurança de todos, porque provoca desgaste excessivo nos freios.

3. Trocas rápidas de marcha

Ao engatar a ré, é comum que o motorista tente executar a troca das posições D para R rapidamente. “Esse movimento causa trancos no câmbio e, com o tempo, leva a defeitos na transmissão. O ideal é sempre fazer as trocas com o automóvel totalmente parado”, afirma o professor da FEI.

4. E o freio de mão?

A posição P (parking) é usada para estacionar o carro automático. Ela aciona uma trava mecânica que imobiliza o câmbio e impede o veículo de se deslocar. Entretanto, é preciso acionar também o freio de mão, porque, sem ele, a trava do câmbio e os coxins de suporte da transmissão podem sofrer danos. O correto ao estacionar, portanto, é passar o câmbio de D para N, acionar o freio de mão, tirar o pé do freio e só então colocar a alavanca na posição P.

5. Sem pegar no tranco

Lembra aquele artifício de fazer o carro carburado pegar no tranco? Nunca tente fazer isso nos automáticos, porque eles não foram projetados para esse tipo de procedimento. “Tal movimento pode bloquear as rodas e danificar a transmissão”, diz Barreto. “Se os componentes da transmissão automática quebrarem por causa disso, o prejuízo certamente será grande.”

6. Não leve tanto peso

Não coloque dentro do carro um peso superior ao recomendado pela fabricante. Dirigir com excesso de peso afeta a suspensão, os freios, o motor e o câmbio automático.

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