Cuidar bem de um veículo exige mais do que abastecê-lo com um bom combustível, além de mantê-lo limpo. Para que a vida útil do carro seja prolongada, fazer manutenção periódica é também essencial. Além disso, garante uma maior segurança e reduz custos. Há quatro diferentes tipos de manutenção veicular. Entre elas, preventiva, preditiva, corretiva e detectiva. Cada uma delas tem objetivos diferentes e a frequência com que devem ser feitas também não é igual.
Entretanto, é preciso estar atento a erros que podem ocorrer nesses diferentes tipos. Isso porque, em vez de cumprirem com o papel de prolongar a vida últil do veículo, podem trazer consequências negativas. Nesta matéria, o JC separou nove erros comuns que podem acontecer em cada tipo de manutenção veicular. Além disso, dicas para evitá-los. Confira.
Manutenção preventiva
Ela é essencial para antecipar possível falhas mecânicas e prolongar o funcionamento do veículo. A frequência com que deve ser feita varia de acordo com o modelo do carro e as recomendações do fabricante. Contudo, de maneira geral, a recomendação é fazer a cada 6 meses ou quando o veículo bater os 10 mil quilômetros. No entanto, há erros nesse tipo de manutenção que podem comprometer sua eficácia. Veja quais.
- Desrespeitar o calendário de revisões: Muitos motoristas acabam ignorando o cronograma de revisões recomendado no manual do proprietário. Isso pode acarretar em um desgaste precoce de componentes importantes, como o óleo do motor e as correias.
- Optar por peças de baixa qualidade: Outro erro comum é substituir peças originais por opções mais baratas e de qualidade duvidosa. Embora possam parecer econômicas, peças não certificadas podem comprometer o desempenho, além de causar prejuízos no veículo no longo prazo.
- Deixar o alinhamento e balanceamento de lado: Pneus desgastados irregularmente e problemas de estabilidade no veículo muitas vezes são causados por negligência na verificação de alinhamento e balanceamento. Assim, é necessário realizar ajustes devem de maneira periódica para evitar maiores danos à suspensão do carro.
Manutenção preditiva
Já a preditiva se baseia em dados e inspeções avançadas para prever problemas antes mesmo que eles aconteçam. Nela são usadas, por exemplo, sensores para monitorar o nível de desgaste das pastilhas de freio u sistemas conectados que verificam a saúde da bateria e antecipam a necessidade de troca. Contudo, há erros que podem diminuir sua eficácia. Entre eles estão:
- Ignorar luzes de alerta no painel: As luzes de advertência no painel servem como um sistema de alerta. Muitos motoristas, entretanto, deixam de levar o veículo a uma oficina logo que esses sinais aparecem. Isso pode fazer com que problemas se agravem.
- Ignorar inspeções de componentes-chave: Componentes essenciais, como freios, suspensão e bateria, podem apresentar sinais de desgaste que são detectados em manutenção veiculares periódicas, como a preditiva.
- Esquecer atualizações de sistemas eletrônicos: Nos veículos mais modernos, os sistemas eletrônicos são essenciais. Deixar de atualizar os softwares do veículo, por exemplo, pode resultar em falhas tecnológicas que poderiam ser evitadas com a manutenção.
Manutenção corretiva
A manutenção corretiva é feita quando um problema já ocorreu no veículo. Apesar de necessária, há equívocos que também podem acontecer, como
- Postergar os reparos: Ruídos no motor, vibrações incomuns ou dificuldades na direção são sinais claros de que algo está errado. Adiar a solução desses problemas pode transformar reparos simples em intervenções que, com certeza, gerarão mais custos.
- Escolher oficinas sem qualificação adequada: Confiar o veículo a mecânicos inexperientes ou oficinas sem certificação pode levar a diagnósticos imprecisos e, assim, consertos mal feitos. Por isso, buscar profissionais com recomendação faz diferença no conserto de um veículo.
- Trocar apenas o componente que deu defeito: Quando uma peça quebra, é nbcessário avaliar o impacto desse dano em outros componentes. Por exemplo, trocar uma correia sem verificar o estado do tensionador pode gerar novos problemas em curto prazo.
Manutenção detectiva
Além dos nove erros já mencionados, separamos mais três erros comuns que podem acontecer na manutenção. Desta vez, na manutenção detectiva. Esse tipo de manutenção serve para analisar a causa de falhas recorrentes no veículo. Porém, há erros na abordagem que podem incluir:
- Desconsiderar análises detalhadas: Problemas como superaquecimento ou falhas elétricas frequentemente têm causas mais profundas. Não investigar a origem, pode levar à reincidência do defeito.
- Subestimar a importância de diagnósticos avançados: Muitas oficinas ainda se baseiam em análises visuais ou métodos tradicionais, ignorando ferramentas como scanners automotivos. Esses dispositivos são indispensáveis em veículos mais modernos, que têm sistemas eletrônicos.
- Desconectar ambiente e uso do veículo na hora da análise: Fatores como clima, combustível de baixa qualidade ou condução inadequada podem estar relacionados aos problemas que veículo passa a apresentar. Ignorar esses fatores impede encontrar soluções mais completas para o reparo.
Como evitar os erros?
Para minimizar problemas e preservar seu veículo, algumas práticas são essenciais, como respeitar o manual do proprietário. Isso porque, ele contém as informações mais precisas sobre os intervalos e cuidados necessários para o automóvel. Além disso, escolher oficinas confiáveis também vai diminuir a ocorrência de erros na manutenção. Outra dica importante é estar atento aos sinais que o veículo apresenta. Luzes de alerta, ruídos ou alterações no desempenho são indicações de que algo precisa de maior atenção. Por fim, a prevenção deve ser priorizada. Isso porque, é geralmente mais econômico e seguro antecipar falhas do que esperar que elas aconteçam para só então realizar uma manutenção corretiva. Manter o veículo em dia não é apenas uma questão de economia, mas também de segurança.