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Blindagem com aramida é mais leve
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Blindagem com aramida é mais leve

TIÃO OLIVEIRAO aço está, cada vez mais, perdendo espaço para a aramida na blindagem de veículos. A principal vantagem do... leia mais

05 de set, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Blindagem com aramida é mais leve

TIÃO OLIVEIRA

O aço está, cada vez mais, perdendo espaço para a aramida na blindagem de veículos. A principal vantagem do polímero (material ultrarresistente composto por macromoléculas) é o baixo peso, que se traduz em menores níveis de consumo de combustível e emissões e de poluentes. A blindagem mais leve também não compromete componentes como suspensão e pneus nem altera a dirigibilidade.

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O avanço é gritante. Para comparação, um Cadillac 1928 que pertenceu a Al Capone tem mais 1.300 quilos de aço balístico, enquanto há blindagens atuais que pesam menos de 200 quilos e oferecem dez vezes mais proteção. É o caso da chamada Blindagem Premium, que acaba de ser lançada pela Avallon.

Além de mais aramida e menos aço, o pacote inclui vidros 20% mais leves que os convencionais. “Reduzimos o peso em até 30%, ou 80 quilos, sem comprometer a proteção aos ocupantes do carro”, diz Rafael Barbero, presidente da empresa.
De acordo com ele, a blindagem é nível 3A, capaz de suportar disparos de armas com o Magnum 357, 9mm (pistolas e submetralhadoras), espingardas calibre 12 e Magnum .44.

Barbero afirma que as mantas não têm emendas, não formam pontos vulneráveis e revestem mais de 90% do carro. “A Blindagem Premium parte de R$ 52 mil e pontos críticos, como colunas dianteiras e centrais, são blindadas com aço balístico.”


A Avallon não é a única a apostar na aramida para proteção veicular. A Du Pont, que produz aramida com o nome comercial de Kevlar, tem o Armura, que utiliza apenas o polímero na proteção do carro. Seu maior apelo é o preço, a partir de R$ 19 mil para o Chevrolet Agile, por exemplo.

O Armura é nível 1 e suporta apenas disparos de armas leves, como revólveres calibres 22 e 38. A Du Pont utiliza dados do relatório da CPI das Armas, de 2006, para justificar a opção.

“Quem roda em um carro com blindagem nível 1 não está protegido” afirma Roberto Godoy, jornalista do Estadão especializado em assuntos militares. Ele diz que, se efetuados muito próximo do veículo, até tiros de 38 podem perfurar essa blindagem.


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