Você está lendo...
Ford fará fábrica de motores em Camaçari
Mercado

Ford fará fábrica de motores em Camaçari

A Ford vai construir uma segunda fábrica na Bahia, desta vez para a produção de motores. O prédio será instalado no complexo industrial de Camaçari, próximo à linha de montagem de Fiesta e EcoSport, e terá capacidade para 210 mil unidades ao ano.

20 de dez, 2011 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

 Ford fará fábrica de motores em Camaçari

CLEIDE SILVA

A Ford vai construir uma segunda fábrica na Bahia, desta vez para a produção de motores. O prédio será instalado no complexo industrial de Camaçari, próximo à linha de montagem de Fiesta e EcoSport, e terá capacidade para 210 mil unidades ao ano. O investimento que será anunciado hoje ao governador Jaques Wagner na cerimônia da instalação da pedra fundamental é de R$ 400 milhões.

O projeto está inserido no plano de R$ 4,5 bilhões que o grupo vai aplicar no Brasil até 2015. Será a primeira fábrica de motores automotivos no Nordeste. A Ford também foi a primeira montadora a ter linha de produção na região, há dez anos. Em breve, a JAC se instalará em Camaçari e a Fiat em Goiana (PE).

Publicidade


De acordo com o diretor de assuntos corporativos da Ford, Rogelio Golfarb, o motor a ser feito na Bahia “traz avanços do ponto de vista do meio ambiente e eficiência energética.”

É provável que seja uma família de motores com a tecnologia chamada pela matriz do grupo de EcoBoost. A Ford já tem um propulsor de 2 litros com esse recurso e vai lançar em abril um 1.0 para o novo Focus na Europa.

O motor poderá equipar o novo compacto que a marca fará em São Bernardo do Campo (SP) até 2015.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”