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Cabines com cores claras são raras no País
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Cabines com cores claras são raras no País

Tons como creme e bege são bem aceitos em alguns poucos luxuosos; brasileiros não costumam ousar

14 de jan, 2015 · 3 minutos de leitura.

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 Cabines com cores claras são raras no País
Evoque tem a opção de bancos vermelhos

Cabines de carros com revestimentos claros são uma tendência em todo o mundo. Na China e na Rússia, por exemplo, esse tipo de acabamento é o preferido, mesmo que em pouco inspirados tons de bege e cinza. Já no Brasil, as escolhas ainda recaem sobre os tons escuros.

Algumas montadoras têm, inclusive, escurecido o interior de vários modelos oferecidos no mercado brasileiro. A Chevrolet acaba de mudar para marrom escuro a cor do couro de Cruze e Trailblazer.

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A versão de topo, LTZ, do sedã médio vinha, até a linha 2014, com bancos no tom cinza claro. E o padrão bege da cabine do Trailblazer também deu lugar ao marrom.

A Toyota oferecia apenas tons claros para o Hilux SW4, mas agora há versão preta


A Toyota segue a mesma tendência. Passou a oferecer na linha 2015 do Hilux SW4 a opção de acabamento preto. Até então, a cabine do utilitário-esportivo também vinha somente na cor creme.

Entre as quatro maiores fabricantes do País, apenas Fiat e Volkswagen mantém opções de cabines mais claras, com revestimento creme para Linea e Jetta, respectivamente.


As cores menos convencionais são comuns apenas no segmento de luxo. A Land Rover, por exemplo oferece no Evoque vendido no Brasil até bancos de couro vermelho, bastante chamativos, além de opções em tons caramelo e creme.

Mas a participação desses padrões nas vendas é pequena. “O brasileiro não ousa muito”, diz Gabriel Patini, diretor de marketing da Jaguar Land Rover para América Latina. De acordo com ele, 60% dos Land Rover saem das lojas com interiores preto e bege, considerados como padrões na linha.


Fiat Linea pode ter interior creme


Nos Land Rover, a preferência ainda é por cores como bege e creme

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”