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Audi faz melhorias no protótipo de Le Mans
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Audi faz melhorias no protótipo de Le Mans

Versão 2015 do R18 e-tron do Mundial de Endurance tem atualizações aerodinâmicas e mecânicas

22 de mar, 2015 · 4 minutos de leitura.

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 Audi faz melhorias no protótipo de Le Mans
R18 foi redesenhado

A versão 2015 do R18 e-tron tem melhorias aerodinâmicas e mecânicas. Com o modelo, a Audi disputa o Campeonato Mundial de Endurance (WEC), que inclui a 24 Horas de Le Mans, na França.

Para aprimorar a aerodinâmica do carro, foram feitas algumas mudanças estéticas na carroceria. As entradas de ar estão maiores e os para-lamas dianteiros foram redesenhados. Já os faróis de LEDs ganharam também o novo sistema de laser da montadora.

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A Audi informa que preparou quatro configurações de carroceria diferentes, para se adaptar às diferentes pistas do calendário. Além disso, houve aprimoramento do chassi, trabalho feito em parceria com a fornecedora de pneus Michelin.

Os engenheiros foram responsáveis por aprimorar o sistema de recuperação de energia em frenagens, aumentando a quantidade armazenada por volta em Le Mans de 2 para 4 MegaJoule. Esta energia é devolvida ao eixo dianteiro durante as acelerações,

O motor elétrico também foi aprimorado e agora rende 200 KW, equivalentes a 272 cv. Além disso, a capacidade de armazenamento de energia está 17% superior, de acordo com a Audi.


O propulsor a combustão do modelo híbrido é um 4.0 V6 a diesel, que gera 558 cv; apenas cinco podem ser usados durante a temporada. O carro pesa 870 quilos.

A temporada do WEC começa em 12 de abril com a 6 Horas de Silverstone; haverá outras sete etapas. A 24 Horas de Le Mans, em 13 e 14 de junho, é a terceira.

Neste ano, não haverá a 6 Horas de São Paulo, que foi realizada nos últimos três anos. De acordo com o organizador do evento, o ex-piloto Emerson Fittipaldi, o cancelamento da prova ocorreu pois a organização do WEC impôs que ela fosse realizada na primeira parte do ano.


No entanto, a reforma dos boxes do Autódromo de Interlagos, a fim de receber a Fórmula 1 em novembro, inviabilizou a realização da etapa do WEC. No ano passado, a corrida havia sido disputada em novembro. De acordo com Fittipaldi, a quarta edição da 6 Horas de São Paulo ocorrerá em 2016.

Além da Audi, que tem entre seus pilotos o brasileiro Lucas Di Grassi, participam da categoria LMP1, a principal, as montadoras Toyota, campeã do ano passado, e Porsche. Neste ano, estreará a Nissan e, para o próximo, é esperada a Ford.


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Jornal do Carro
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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.