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Grades viraram entradas de ar de fachada
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Grades viraram entradas de ar de fachada

Criadas para ajudar a resfriar o motor, grades dianteiras passaram a ser meros enfeites em alguns carros

24 de fev, 2016 · 4 minutos de leitura.

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 Grades viraram entradas de ar de fachada
Renegade manteve as aletas típicas da Jeep na dianteira mais por estética que por necessidade

Elas costumam ser o cartão de visitas do automóvel. Estão, literalmente, na linha de frente, e se antecipam às apresentações. Estamos falando das grades, que nasceram para ajudar na refrigeração do motor, mas, com o tempo, passaram a identificar carros e até marcas. Hoje, nem sempre elas são necessárias.

Um exemplo são as clássicas sete aberturas verticais presentes nos modelos da Jeep. No Renegade, por exemplo, elas estão lá apenas por herança genética. Olhando com atenção, nota-se que apenas uma pequena parte (inferior) é aberta. O restante é fechado. É praticamente uma grade de fachada.

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Outro modelo que também dispensou a abertura superior foi o Kia Soul. Na segunda geração do sul-coreano, lançada no fim de 2014, a grade foi praticamente fechada, embora os contornos da antiga peça (que ficou conhecida como “nariz de tigre”) tenham permanecido por questões estéticas.

No caso de Renegade e Soul, a explicação está no fato de que, embora tenham porte elevado, o conjunto mecânico desses modelos está instalado em posição baixa, para privilegiar o centro de gravidade (se fosse mais alto prejudicaria dirigibilidade e estabilidade). Assim, a entrada de ar acompanha o nível do radiador.


De acordo com o vice-presidente da Kia Motors do Brasil, Dino Arrigoni, “a melhoria da aerodinâmica e de design faz com que a refrigeração dos motores seja feita cada vez mais pela parte inferior.”

Grades muito abertas também tendem a comprometer a aerodinâmica. Em contraposição, frestas reduzidas podem não ser suficientes para garantir que o motor tenha o resfriamento adequado.

Por isso, além de aumentar as tomadas de ar na parte baixa, algumas marcas optaram pelas grades “ativas”. Em modelos como o Ford Fusion e o BMW Série 7, as aletas permanecem abertas em baixa velocidade (quando há menor captação de ar), mas se fecham quando o fluxo aumenta, de modo a privilegiar a aerodinâmica.


Em elétricos e híbridos, as grades dianteiras são praticamente fechadas, já que propulsores elétricos requerem menos refrigeração que os a explosão. No híbrido i8, o “duplo rim” típico da BMW foi mantido, mas apenas por causa da tradição.

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