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Pantera: um raro clássico
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Pantera: um raro clássico

Ele estava escondido em uma exposição de muscle cars, em Daytona, EUA, no ano passado. Afinal, o De Tomaso Pantera 1972 tem "músculos" americanos, mas com outra indumentária. Assim que viu, Alexandre Mattei decidiu comprá-lo

03 de out, 2011 · 7 minutos de leitura.

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 Pantera: um raro clássico

TEXTO: GUILHERME WALTENBERG
FOTOS: SÉRGIO CASTRO

Ele estava escondido em um canto de uma exposição de muscle cars, em Daytona, EUA, no ano passado. Afinal, o De Tomaso Pantera 1972 desta reportagem tem “músculos” americanos, mas com outra indumentária. Logo que o empresário Alexandre Mattei notou o esportivo italiano, deixou de lado modelos como Camaro, Charger e Mustang e decidiu comprá-lo.

Mattei passou quatro dias negociando com o antigo dono. “O Pantera é um carro caro, mesmo nos Estados Unidos. Mas como poucos se interessam, consegui um preço justo.”

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As linhas desse De Tomaso foram criados pelo estúdio Ghia. A frente bem baixa tem faróis escamoteáveis, típicos da época. Na traseira, chamam a atenção as quatro saídas de escape.

O modelo chegou ao País em abril. “Gosto de usá-lo no dia a dia. Em horários livres, é um carro delicioso de andar”, conta o empresário. Mas no trânsito lento a situação é outra. “Ele é pesado, feito para pistas abertas.”


E foi no Autódromo de Interlagos que avaliamos o esportivo equipado com propulsor Ford (leia mais abaixo). Apesar de ter quase 40 anos, o desempenho do De Tomaso faz jus ao nome do felino. O motorzão V8, instalado na posição central-traseira, é um Ford 351 Cleveland de 5,7 litros. A potência é de 310 cv a 5.200 rpm e o torque máximo, de 52,5 mkgf.

O câmbio de cinco marchas tem acionamento pesado, mas engates precisos. A suspensão, firme, o deixa grudado ao chão mesmo ao contornar curvas em alta velocidade e o motor responde bem desde os baixos giros.


O interior é confortável: há vidros elétricos e ar-condicionado. Na painel, o velocímetro vai até 200 mph (cerca de 320 km/h) e a faixa vermelha do conta-giros começa em 5.900 rpm.

Beleza italiana com músculos americanos

A origem da De Tomaso lembra uma produtora bem mais recente de carros exóticos, a Pagani. Ambas são fábricas italianas fundadas por argentinos. O portenho Alejandro de Tomaso montou a companhia em 1959 na cidade de Modena – a mesma da Ferrari.


O foco inicial eram os monopostos de competição. Inclusive para a Fórmula 1, com participações em dois Grandes Prêmios em 1961. O próprio industrial já havia feito duas provas na categoria como piloto em 1957 e 1958.

Em 1962 e 1963, os De Tomaso tentaram se classificar, sem sucesso, para o GP da Itália. Nessa época, os motores eram compatriotas: Osca, Alfa Romeo, Ferrari e até um “caseiro” De Tomaso, de oito cilindros contrapostos. Houve ainda um carro que esteve em 11 etapas da F-1 em 1970, pela equipe de um tal Frank Williams.


Em 1964 começou a trajetória dos modelos de rua, com o Vallelunga. Ele trazia duas características que apareceriam em outros carros da marca: chassi de alumínio e motor central traseiro. Aliás, trata-se do segundo carro de série no mundo a ter o propulsor nessa posição. O pioneiro foi o Porsche 550 Spyder, de 1953.

Outro ponto que se tornaria uma tradição na marca é o motor da Ford. O de então era o quatro-cilindros 1.5 do inglês Cortina, com 106 cv.


Apesar de o desenho ser baseado no de um conversível da Carrozeria Fissore, a produção ficou a cargo da Ghia, que se tornaria outra parceira regular.

Com traços retos que ressurgiriam no Pantera, o Mangusta, segundo esportivo da marca, é de 1967. O propulsor V8 4.7 veio da matriz da Ford, que participou do projeto. O estilo e a montagem do cupê eram da Ghia, então recém-comprada por De Tomaso.

Mas foi seu sucessor, o Pantera, que consolidou o nome da montadora italiana. Lançado em 1971, tinha um V8 ainda maior, o Cleveland 5.7. Também desenhado pela Ghia, o carro ganhou cartaz nos Estados Unidos, onde era vendido nas lojas da Lincoln e Mercury, marcas pertencentes à Ford.


Mas em 1973, foi rompido o acordo com a gigante norte-americana, que assumiu o controle da Ghia. Contudo, o Pantera seria produzido até 1993.

A De Tomaso promete voltar em 2012 com o crossover Deauville. (Nícolas Borges)


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Comportamento dos passageiros pode afetar a segurança da viagem

Dez recomendações para que os ocupantes do veículo não tirem a concentração do motorista durante o percurso

13 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os passageiros têm um papel preponderante na segurança de um carro em movimento. O comportamento dentro do automóvel pode aumentar ou diminuir o risco de ocorrência de um acidente de trânsito

“Por motivos diversos, o motorista compromete a segurança ao volante do carro ao perder a capacidade de detectar obstáculos e não acionar os freios, por exemplo”, afirma Cleber William Gomes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

“O tempo de reação é precioso para prevenir acidentes. Quando o motorista divide a atenção interagindo com outras pessoas a bordo, a incapacidade de identificar o perigo aumenta.”

Embora o ser humano acredite na capacidade de fazer várias tarefas ao mesmo tempo, a direção pode ser impactada por condições adversas, que atrapalham a visão, a concentração e a atenção de motorista e passageiros.

“Os passageiros devem ter consciência de que sua presença, de alguma forma, afeta o comportamento do motorista. Eles ajudam a criar o clima da viagem e tanto podem ser tranquilos e prestativos como gerar algum tipo de estresse”, diz Gomes.

Por isso, veja dez recomendações importantes para o passageiro manter intacta a segurança da viagem:

  1. Adote uma postura ativa, ajudando na localização do caminho, atendendo o telefone e avisando sobre eventuais riscos.
  2. Não distraia o motorista, falando alto demais, mudando constantemente a música e comentando o modo como ele dirige.
  3. Mantenha-se alerta. Passageiros que dormem durante a viagem aumentam a probabilidade de o motorista também pegar no sono. 
  4. Não esqueça de usar o cinto de segurança e exija isso dos demais ocupantes do veículo. As crianças devem se acomodar em cadeirinhas ou assentos adequados à idade.
  5. O passageiro tem o direito de reclamar com o motorista se ele estiver dirigindo com imprudência, mas isso deve ser feito tranquilamente, para não gerar estresse.
  6. Evite situações que tirem a atenção do condutor. Se alguém passar mal ou se as crianças estiverem agitadas, sugira fazer uma pausa na viagem a fim de acalmar a situação. 
  7. Adie a viagem se estiver irritado, nervoso, inseguro ou sob efeitos de drogas ou álcool. 
  8. Jamais coloque parte do corpo para fora do veículo, seja nas janelas ou no teto solar.
  9. Antes de abrir a porta para sair do carro, certifique-se de que não existem riscos para você e os pedestres da via.
  10. Embarque e desembarque sempre pela porta ao lado da calçada.