Chevrolet Cobalt: para conquistar as famílias

LUÍS FELIPE FIGUEIREDO

Ter um carro “acessível” com porte de modelo de categoria superior foi a receita que a Renault aplicou no Logan e que a GM “emprestou” para o Cobalt. O sedã chega nas próximas semanas a partir de R$ 39.980 na versão LS, com ar-condicionado, direção hidráulica e travas elétricas. A intermediária, LT, traz a mais cromados na grade dianteira, air bag duplo e ABS por R$ 43.780. A de topo, LTZ, como a avaliada pelo JC, inclui toca-CDs com leitor de MP3 e entrada USB, além de rodas de liga, a R$ 45.980.

O Cobalt substitui as versões sedã de Astra e Corsa e ocupará o espaço deixado pelas opções de entrada do Vectra. A novidade tem muito espaço a bordo, graças aos 2,62 metros de entre-eixos. Até três adultos viajam com conforto e cabe muita bagagem no porta-malas, de 563 litros.

Os bancos são macios (detalhe ruim é que nos dianteiros o ajuste para os encostos é por alavanca), os retrovisores externos abrangem grande área e a posição de dirigir é elevada. Isso facilita a visibilidade – o que é bom, pois a traseira alta atrapalha.

Todas as versões trazem o motor quatro-cilindros 1.4 flexível, com novo acerto e potência de até 102 cv (ante os 105 cv no Corsa). O câmbio manual de cinco marchas tem novo comando por cabos, o que garante precisão e suavidade nas mudanças.

O desempenho é morno, apenas adequado ao tamanho do carro, que pesa 1.072 quilos. Conforme a GM, o Cobalt leva 11,5 segundos para ir de 0 a 100km/h. A suspensão tem acerto primoroso e recompensa. Mérito também da plataforma.

O lado “inferior” do sedã surge em itens como estepe de uso temporário (dá para rodar 80 km a, no máximo, 80 km/h), comandos do vidro elétrico sem função um-toque e na falta de revestimento na tampa do porta-malas. A cabine tem bastante plástico. No início de 2012 chega a versão com motor 1.8 e câmbio automático de seis marchas.