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Hilux bicombustível vai bem na estrada
Avaliação

Hilux bicombustível vai bem na estrada

Picape Toyota ganhou opções com o quatro-cilindros 2.7, que gera 159 cv com gasolina e 163 cv com etanol, tabeladas a R$ 88.730, no caso da versão SR 4x2, e R$ 103.420 no da SRV 4x4, como a avaliada. O câmbio é automático de quatro marchas

11 de mar, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Hilux bicombustível vai bem na estrada

MARCELO FENERICH

A principal novidade da linha 2012 da Hilux é o motor bicombustível. A picape Toyota ganhou opções com o quatro-cilindros 2.7, que gera 159 cv com gasolina e 163 cv com etanol, tabeladas a R$ 88.730, no caso da versão SR 4×2, e R$ 103.420 no da SRV 4×4, como a avaliada pelo JC. O câmbio é sempre automático de quatro marchas.

A tecnologia bicombustível chegou atrasada à picape feita na Argentina. A pioneira foi a Chevrolet S10 (em 2007), que acaba de ser totalmente renovada. Na lanterna ficará a Ford Ranger, cuja nova geração chegará neste semestre e terá, finalmente, versão flexível.

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Na Toyota o motor tem duas árvores de balanceamento para minimizar a vibração. De fato o 2.7 gira suave e dele pouco se percebe – mesmo seu ronco é discreto. Apenas na hora da partida surge um som que o faz lembrar o de propulsores a diesel.

Na estrada essa Hilux agrada. Já no trânsito urbano o câmbio limita o desempenho do motor. A Toyota é lenta em acelerações e, principalmente, em retomadas de velocidade.

Outro ponto negativo é o sistema de freios, que tem discos ventilados nas rodas da frente e tambor na traseiras. Como o utilitário é grandalhão e pesado, é preciso antecipar a frenagem para evitar sustos.


Em piso irregular, o acerto de suspensão firme faz a picape pular bastante. Não chega a ser tão incômodo como na Nissan Frontier, mas fica devendo muito ao jeito de carro de passeio oferecido pela Volkswagen Amarok.

A direção é pouco precisa, embora tenha assistência na medida certa. Surpreende o diâmetro de giro, de 12,2 metros, que facilita bastante a vida do motorista em manobras.


De série a Hilux SR traz itens como ar-condicionado, direção ajustável em altura, conjunto elétrico e toca-CDs com entradas auxiliares, entre outros.

Rival V6
Com o novo motor da Hilux, a única média V6 à venda no País é a Mitsubishi L200 Triton. Seu 3.5 gera até 205 cv. Mas a tabela assusta. São R$ 104.690.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.