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Peugeot demite executivos alemães que fizeram campanha de vendas agressiva demais
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Peugeot demite executivos alemães que fizeram campanha de vendas agressiva demais

A ação comercial oferecia o hatch 208 com descontos de mais de 40%, despertando a ira de concessionários da marca no país bávaro

Redação

29 de abr, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Foto: Peugeot
Crédito:

A Peugeot demitiu três de seus principais executivos de vendas na Alemanha por uma razão inusitada. Eles criaram uma ação comercial agressiva demais, que fez com que milhares de unidades do hatch 208 fossem comercializadas com abatimentos superiores a 40% sobre o preço de tabela.

Na ação, feita em conjunto com um provedor de internet e uma empresa de leasing, o compacto foi oferecido com uma taxa mensal de leasing de apenas 99 euros (correspondente a R$ 342). O desconto foi tão grande que, ao invés dos 300 contratos que eram esperados, a Peugeot arrendou até 5 mil carros – sob condições bastante generosas, que incluíam até mesmo seguro com cobertura completa.

Isso acabou despertando a ira de vários concessionários da marca na Alemanha, que não estavam dispostos a competir com esses valores – que, muito provavelmente, levaram a Peugeot a ter um bom prejuízo. Só restou ao grupo PSA cancelar a ação promocional e dispensar os gerentes envolvidos.

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Para se colocar essas 5 mil unidades em perspectiva, basta observar que o modelo 208 vendeu 2.749 exemplares no país bávaro nos três últimos meses – uma queda de 13% sobre os resultados do mesmo período do ano passado.

No Brasil, a marca francesa também luta para aumentar sua participação de mercado. Ontem, ela ressuscitou uma antiga ação comercial convidando os consumidores a testarem o hatch 208 e/ou o utilitário 2008. Se, após o test-drive, os interessados acabarem adquirindo veículos similares em outras marcas, a Peugeot lhes pagará a quantia de R$ 500.

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.