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Mercedes-Benz Classe X chega em 2019
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Mercedes-Benz Classe X chega em 2019

Primeira picape média da Mercedes, Classe X chegará ao Brasil no início de 2019; preços devem partir de R$ 200 mil

Tião Oliveira, da Cidade do Cabo/África do Sul

18 de jul, 2017 · 8 minutos de leitura.

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Mercedes-Benz Classe X - Foto: Mercedes-Benz
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A Mercedes-Benz está apresentando na África do Sul a versão de produção da Classe X, sua primeira picape média. O modelo, que terá três versões, opções de quatro-cilindros (a gasolina e a diesel) E V6 turbodiesel, estreia no Brasil no início de 2019.

A versão Pure, que não será vendida no Brasil, terá o quatro-cilindros, a gasolina (x200), que gera 166 cv de potência e 24 mkgf de torque, além do X220d, um 2.3 turbodiesel de 163 cv e 40 mkgf, respectivamente. Para a Progressive, o X250d – o mesmo 2.3, mas biturbo -, serão 190 cv e 45 mkgf. A Power, de topo, terá o X350d, um V6 biturbo a diesel de 260 cv e 55 mkgf.

Haverá apenas carroceria com cabine dupla e quatro portas. A tração será sempre 4×4 (permanente na V6 e acionada por um seletor giratório nas 2.3) e no mercado brasileiro o câmbio deverá ser sempre automático de sete marchas. Em outros mercados haverá opção de caixa manual de sete velocidades para o motor a gasolina e de seis para as opções a diesel quatro-cilindros.

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Inicialmente, a nova picape será lançada na Europa em novembro deste ano, apenas com motores quatro de quatro cilindros. Depois desembarcará na África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Rússia, em abril de 2018. O lançamento na América Latina (assim como o Brasil, a Argentina é considerada como mercado prioritário) deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2019.

A picape que será vendida na Europa, Rússia, África e Oceania, será feita na fábrica da Nissan na Espanha, de onde sai a Navara, vendida no Brasil com o nome de Frontier. A que abastecerá a América Latina será produzida na fábrica da Renault, na Argentina.

Isso porque a Classe X divide a plataforma com a Nissan Frontier e com a futura Renault Alaskan.


A versão definitiva do modelo manteve o visual bem parecido com o dos protótipos apresentados no ano passado. A dianteira lembra bastante a do utilitário-esportivo GLS. A traseira, por sua vez, tem linhas bastante conservadoras e remete à modelos dos anos 80.

Bem recheada de equipamentos, a primeira picape média da Mercedes terá itens como sete air bags, monitoramento de pressão dos pneus, faróis de LEDs, sistemas de frenagem de emergência, manutenção de faixa de rolamento e de partida em rampa, além de controle de velocidade de cruzeiro, que mantém a distância do veículo à frente.

Os freios são a disco nas quatro rodas e, além de ABS, haverá distribuição automática de frenagem e controles de tração e estabilidade.


Central multimídia, dispositivo de conectividade, leitores de placas de sinalização e câmeras de 360º (com alcance de 3 metros na dianteira e 2,5 m nas laterais) são outros destaques, além da possibilidade de destravar as portas e acionar serviços de socorro e assistência por meio de um aplicativo para smartphone.

O painel é completo, com instrumentos de fácil visualização e alguns elementos do sedã Classe C. O acabamento é caprichado e pode incluir revestimento de couro, além de mistura de materiais, como alumínio fosco e madeira.

Inicialmente serão nove opções de cores para a carroceria. A amarela, de um dos protótipos do modelo, não estava prevista para o catálogo de série, mas teve aceitação tão positiva por parte da imprensa especializada que fará parte do portfólio do modelo.


A Mercedes também aposta na oferta de uma ampla lista de equipamentos, que serão vendidos pela rede de concessionárias. Haverá quebra-mato para a dianteira, estribos laterais, rack de teto e cobertura para a caçamba, entre outros. Nas unidades da pré-série havia opções rígidas – na altura da caçamba e também do teto da cabine – e flexível, que lembra uma persiana.

A caçamba tem 1,59 metro de comprimento por 1,5 metro de largura, com quatro anéis para amarração de carga e, opcionalmente, trilhos no piso para fixar os objetos transportados. A capacidade de carga é de 1,1 tonelada e de reboque, de 3,5 toneladas.

A suspensão traseira, com multibraços de fixação, mantém a picape firme mesmo em curvas contornadas a mais de 100 km/h, como foi possível constatar em uma pista na qual a Classe X foi guiada por um piloto da Mercedes. O chassi do tipo escada, como o do Classe G, também contribui para a rigidez da picape. A direção tem assistência hidráulica, que, segundo informações da marca, é um sistema mais robusto que o elétrico.


O tanque de combustível tem 73 litros de capacidade e o bocal de abastecimento fica do lado esquerdo da caçamba. Há um bocal do lado direito para o tanque de ureia, que no Brasil é vendido com o nome comercial de Arla e necessário para que a picape atenda às regras do programa Euro 6, de controle de emissões na Europa.

Por ora, a Mercedes não tem planos de vender o modelo nos EUA. O motivo é seu tamanho, considerado pequeno para os padrões do consumidor norte- americano.

Os preços não foram divulgados, mas no Brasil a Classe X deverá partir de cerca de R$ 200 mil. A versão de topo terá tabela inicial em torno de R$ 300 mil.


*Atualizado às 15:02

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.