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Detran de SP apreende BMW com R$ 7 milhões em débitos
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Detran de SP apreende BMW com R$ 7 milhões em débitos

Maior parte das infrações ocorreu devido ao excesso de velocidade e desrespeito ao rodízio

Redação

03 de out, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Crédito: Rafael Arbex/ Estadão
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O Detran.SP apreendeu uma BMW 328i com cerca de R$ 7 milhões em débitos na Zona Leste de São Paulo. A ação foi realizada nesta segunda-feira (2) por policiais militares da equipe de busca e apreensão do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran). O grupo presta serviço ao Detran.

Fabricado em 2012, o veículo está registrado em São Paulo e pertence a uma empresa, cujo nome não foi revelado. O carro possui 1.118 infrações, a maioria delas municipais. As multas são, principalmente, por excesso de velocidade e desrespeito ao rodízio.

No total, são precisamente R$ 6.974.715,77 de dívidas relativas a infrações de trânsito e impostos. O veículo foi apreendido por falta de licenciamento e encaminhado para o pátio Leste.

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O automóvel poderá ser relacionado para leilão. O valor arrecadado será descontado do total de débitos. O restante da dívida ficará em nome do proprietário.

Ford Escort. Em julho, também na Zona Leste da capital, a equipe apreendeu um Ford Escort com mais de R$ 17 milhões em débitos. O utilitário, fabricado em 1996, tinha 1.788 infrações registradas, principalmente por excesso de velocidade.

Em ambos os casos, boa parte dos débitos ocorreu porque a pessoa jurídica responsável pelo veículo não indicou o condutor que cometeu as infrações. Nestes casos, sem a indicação do condutor pela empresa, a multa fica ainda maior.


O valor é multiplicado pelo número de vezes que aquela mesma infração se repetiu nos 12 meses anteriores. Dessa forma, se o veículo foi multado por avanço de sinal vermelho dez vezes no último ano, será aplicada uma multa por não indicação de condutor no valor de R$ 2.934,70 — o valor original de R$ 293,47 multiplicado por dez.

 

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”