A segunda geração do Taurus ficou conhecida como "bola" por suas linhas exageradamente arredondadas por fora e por dentro. O painel tinha esse visual e toda a cabine era recheada de elementos redondos.

O primeiro Fox foi concebido como carro de entrada e tinha um painel pra lá de espartano. Além disso, os painéis de porta eram todos de plástico rígido, sem qualquer arrojo visual. As coisas só começaram a melhorar depois, com a primeira reestilização do modelo.

O primeiro Clio era o retrato dos anos 90. Com muitos ângulos, o painel era bem ultrapassado, principalmente quando o modelo chegou aqui, já depois da metade daquela década.

O Gol "G4" foi, de longe, o menos inspirado da história do modelo. Já em fim de vida, tinha interior muito espartano, acabamento fraco e recursos limitados, além de visual bem antigo.

O pecado da Amarok é parecer aproveitar as linhas dos painéis dos caminhões da marca em seu interior. O painel é enorme, volumoso, enquanto o acabamento também não é dos melhores, mesmo nas versões mais caras. O restante da cabine também transparece uma simplicidade que contrasta com o refinamento técnico e preço da picape.

À primeira vista, o interior da J6 até parece interessante. Mas todos esses botões prata (cansativos ao sol) são iluminados de azul à noite. Além disso, alguns detalhes cromados no interior destoam do plástico preto rígido que cobre quase todas as superfícies.

Simples ao extremo, o Kwid "força a amizade" na versão mais barata, sem sequer sistema de som. O modelinho pode ser barato e funcional, mas beleza passou longe do interior.

O interior do Mobi mistura texturas e padrões de forma pouco coesa, além de ter linhas ultrapassadas. O pior é a versão com o sistema Live On, que traz uma peça grande de plástico preto onde seria o aparelho de som. Ali fica um suporte para fixar um smartphone, no qual o Live On baseia seu funcionamento.

O primeiro Logan definitivamente trazia apenas o essencial. O que deixava de fora, inclusive, qualquer resquício de beleza interior (e exterior). A cabine era muito simples, com comandos centralizados e somente o básico para a segurança dos ocupantes.

Os anos 90 e 2000 foram uma época de transição para as marcas coreanas. Até então elas eram ainda mais inspiradas pelas fabricantes japonesas, que por sua vez não eram lá muito inspiradas em seus carros "normais". O resultado disso eram cabines sem sal, com acabamento duvidoso (vide a madeira do painel do Hyundai Sonata de 2000 da foto) e pra lá de esquisitas em praticamente todos os modelos.