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Andamos no novo Audi A8
Avaliação

Andamos no novo Audi A8

Sedã de luxo chega ao País no 2º semestre de 2018 em versão com carroceria longa

Hairton Ponciano Voz

11 de out, 2017 · 7 minutos de leitura.

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Audi A8 L
Crédito:Static photo Colour: terragrey

A quarta geração do A8, que chega ao Brasil no segundo semestre do ano que vem, é o primeiro carro autônomo de nível 3 do mundo. Isso significa que o Audi pode tomar algumas decisões de condução sem interferência do motorista. O problema é que, por ora, nenhum país permite o uso desse tipo de tecnologia. Por isso, enquanto a legislação não se adapta ao futuro, o sedã compensa o percalço fazendo todas as vontades de seus ocupantes.

O A8 é uma espécie de sala de estar de luxo sobre rodas. Avaliamos a versão de carroceria longa (A8 L) com motor 4.0 V8 turbo, de 460 cv. O sedã é identificado pela sigla A8 L 60 TFSI. Ela é especificação escolhida para ser vendida no Brasil. A tração integral quattro é de série.

‘Meio’ híbrido

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O novo A8 é chamado pela Audi de “mild hybrid”, uma espécie de “meio híbrido”, em tradução livre. O carro é capaz de se mover apenas com o motor elétrico até a 40 km/h, sem produzir ruídos. Tudo graças a um sistema de 48 volts, dotado de alternador refrigerado a água.

Entre as funções, o sistema ajuda a mover o carro de pouco mais de duas toneladas em velocidades de 55 a 160 km/h, quando o motorista não está acelerando (ou seja, em velocidade de cruzeiro). Fora dessas condições, a propulsão é feita pelo motor a combustão.

O dispositivo também faz o sistema start&stop atuar de modo quase imperceptível. Isso ocorre porque utiliza correia tocada pelo alternador, em vez de motor de partida convencional.


Semiautônomo

Enquanto não pode rodar sozinho, o A8 ao oferece o sistema traffic jam, que permite acompanhar o fluxo do trânsito urbano a até 60 km/h. Na estrada, o sedã de luxo é capaz de se manter na faixa mesmo em curvas. O motorista não tem que segurar o volante.

Para atender as leis que exigem que haja alguém no comando, após algum tempo (cerca de 30 segundos), aparece um aviso no painel para que o motorista assuma o volante.


Caso isso não seja feito, o carro emite um sinal sonoro, seguido de frenagem automática e de um apertão no cinto de segurança. Essa é uma espécie de advertência nada sutil para qualquer condutor.

O sedã também é capaz de estacionar sozinho – o motorista pode ficar do lado de fora. É possível realizar a manobra por meio de um aplicativo para smartphone. O sistema não é novo e está no Mercedes-Benz Classe E, por exemplo.

Generosidade a bordo


O maior e mais luxuoso sedã da Audi agrada tanto quem está ao volante quanto os passageiros de atrás. Ali, os bancos são individuais e oferecem todas as regalias de quem está na frente. Há regulagens elétricas de inclinação do encosto e distância do assento, massagem e ajuste de apoio lombar.

A iluminação de LEDs pode ser regulada em direção e intensidade, por meio de um comando na tela entre os bancos. O acesso à traseira é facilitado pelas grandes portas.

Na frente, há três telas digitais: uma atrás do volante e duas no centro do painel, que concentram os ajustes de todos os sistemas (som, climatização e GPS, etc).


Em movimento

O rodar do A8 é silencioso e macio. A 180 km/h, o sedã parece estar a 120 km/h. Imperfeições do solo são amenizadas pelas suspensão ativa, que detecta irregularidades à frente, como lombadas e buracos, graças à câmera frontal. Nesse caso, a suspensão sobe para amenizar o solavanco.

A carroceria é capaz de levantar 8 cm de um lado só se detectar iminência de impacto lateral. Ficando mais alta, o choque tende a atingir a parte inferior (e mais resistente) do veículo, protegendo os ocupantes.


O sistema de iluminação do A8 combina faróis de LEDs e laser com a tecnologia batizada de matrix. Além do ganho em distância de alcance do facho, os blocos de iluminação têm acendimento e apagamento individual, para não ofuscar quem vem no sentido oposto.

Autônomo

Teoricamente, O A8 está apto a dirigir (fazer curvas, frear, acelerar, ultrapassar, etc) sem que o motorista precise ficar o tempo todo prestando atenção em seus movimentos.


Porém, para que o sedã possa receber o programa de inteligência artificial (que possibilita que ele tome suas próprias decisões de direção), a Audi terá de esperar pela mudança na legislação de cada país. Por isso, os modelos à disposição para avaliação não estavam equipados com a tecnologia.

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Jornal do Carro
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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.