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Jeep é marca que mais ganhou participação
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Jeep é marca que mais ganhou participação

Estudo da J.D. Power mostra as montadoras que mais ganharam e perderam 'market share' em 2017. Jeep e Fiat são destaques, cada uma em um extremo

Redação

15 de fev, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Jeep e Fiat
Jeep e Fiat
Crédito:Compass (acima) ajudou a Jeep a ganhar participação (Foto: Rafael Arbex/Estadão)
Jeep e Fiat

Por razões opostas, Jeep e Fiat são destaques de um estudo realizado sobre o mercado brasileiro em 2017. Os dados foram divulgados pela consultoria J.D. Power.

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A Jeep foi a marca que mais ganhou participação de mercado em 2017. A Fiat, por outro lado, foi a que mais perdeu participação.

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De acordo com a J.D. Power, a Jeep ganhou 1,09 ponto percentual de participação. A consultoria atribui a evolução ao bom desempenho do Renegade e, principalmente, à ascensão do Compass.

O Compass, lançado no fim de 2016, foi um dos destaques de 2017. O SUV médio foi o modelo mais vendido de todo o segmento de utilitários-esportivos.

Com isso, a Jeep garantiu 4,06% de participação em vendas no Brasil. Além disso, foi da décima para a nona posição no ranking de emplacamentos.


Outra marca de destaque foi a Volkswagen. A chegada do Polo, no fim do ano, ajudou a montadora a incrementar suas vendas e crescer 1,03 ponto. A empresa ficou na terceira posição no ranking de emplacamentos.

Entre as dez maiores marcas do Brasil, também ganharam participação Chevrolet (0,73 ponto), Ford (0,45 ponto) e Renault (0,14 ponto).

A Nissan foi a única montadora japonesa a ganhar participação (0,56 ponto). Porém, com o crescimento da Jeep, caiu da nona para a décima posição.


PERDEDORAS

Entre as marcas que perderam participação no grupo das dez maiores, o destaque foi a Fiat. A marca retrocedeu 1,94 ponto percentual em market share, na comparação com 2016.

Ainda assim, conseguiu se manter na segunda posição do ranking. Embora tenha conquistado um forte desempenho entre os comerciais leves (impulsionada por Toro e Strada), a Fiat perdeu espaço entre os carros de passeio.


Isso porque vários automóveis da marca saíram de linha, ou tiveram seus volumes de produção reduzidos.

Também perderam participação de mercado Hyundai (-0.66 ponto), Toyota (-0,33) e Honda (-0,14).

Jeep e Fiat são marcas do grupo FCA.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”