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Lada ainda é a ‘dona da bola’ na Rússia
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Lada ainda é a ‘dona da bola’ na Rússia

A partir de hoje, vamos mostrar os carros dos países que disputam a Copa do Mundo. A anfitriã, Rússia, abre a série de 32 reportagens. E o destaque, claro, é a Lada

Hairton Ponciano Voz

14 de jun, 2018 · 5 minutos de leitura.

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Lada Laika
Crédito:Não há como falar em Rússia sem mencionar os carros da Lada, como o Laika. Foto: Fadel Senna/AFP

A Copa do Mundo começa hoje na Rússia. E não há como dissociar o maior país do mundo com os carros da Lada (quem não se lembra deles?) e das barbeiragens no trânsito. A partir de hoje, mostraremos os carros dos 32 países que participam da Copa, com reportagens diárias. E, quanto ao trânsito na Rússia, vale um esclarecimento. No Brasil, também não batemos um bolão quando o assunto é comportamento ao volante. A diferença é que damos caneladas sem deixar o “juiz” ver. Em outras palavras, não temos tantas câmeras registrando as ocorrências, como lá.

+ São Paulo tem mais de 8 mil carros russos

A anfitriã Rússia, que entra em campo hoje, abre a série de reportagens. No Brasil, os carros russos passaram a ser conhecidos a partir do início dos anos 90, com os modelos da Lada. Quando o então presidente Fernando Collor de Mello decidiu abrir o mercado nacional aos importados, em 1990, a Lada foi uma das primeiras marcas a desembarcar por aqui.

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Lada, a ironia do destino

Abrindo as fronteiras do País aos importados, Collor pretendia aumentar a competitividade. O mercado brasileiro era dividido entre quatro montadoras (Volkswagen, Chevrolet, Ford e Fiat), que ofereciam produtos defasados, chamados de “carroças” pelo presidente. A ironia é que os carros da Lada, produzidos na Rússia pela AvtoVaz, não eram muito superiores. Niva (jipe), Laika (sedã e perua) e Samara (hatch) eram produtos tão defasados como os nacionais.


A Lada fez seus primeiros modelos na então União Soviética baseados na mecânica do Fiat 124, a partir do início dos anos 70, na cidade de Togliatti. Ainda hoje, a marca é a maior montadora da Rússia.

A Ford foi a primeira marca ocidental a produzir no país, com a montagem do Focus, em 2001.

Marussia, o supercarro

Embora o mercado russo seja caracterizado por modelos populares, o país já teve pelo menos uma marca de supercarro, a Marussia Motors. A empresa foi fundada em 2007 e durou até 2014, sem conseguir finalizar seus carros. O protótipo chamava-se Marussia, e tinha motores 3.6 V6 aspirado ou 2.8 V6 turbo Cosworth.  A potência declarada ficava entre 360 e 420 cv.


Além da intenção de disputar com a Ferrari nas ruas (o que não aconteceu), a empresa levou a competição também para as pistas. Em 2011, a Marussia entrou na Fórmula 1, após comprar participação na escuderia Virgin. Permaneceu na categoria sem resultados expressivos até 2014.

Grande frota

O país tem uma das maiores frotas em circulação do mundo. Pelos dados de 2015, são mais de 51 milhões de automóveis, o que a coloca em quarto lugar, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.


Também pelos dados de 2015, a relação entre população e frota é de 2,8 habitantes por veículo. Como comparação, no Brasil o índice é de 4,7 habitantes por carro.

A produção, no entanto, passou por uma forte crise, e ainda não se recuperou. De acordo com a Oica (Organização Internacional de Construtores de Automóveis), no ano passado foram produzidos 1.551.293 automóveis e comerciais leves. Como comparação, em 2012, o volume foi superior a 2,2 milhões de unidades.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.