A japonesa Calsonic Kansei, controlada pela norte-americana KKR, concordou em comprar a Magneti Marelli, da Fiat Chrysler, por 6,2 bilhões de euros, cerca de R$ 27 bilhões. Assim ela se torna a sétima maior fornecedora independente de peças automotivas.
O primeiro grande acordo do novo executivo-chefe da FCA, Mike Manley, que assumiu em julho após a morte repentina de Sergio Marchionne, era criar um receita de 15,2 bilhões de euros. A venda da Magneti Marelli faz parte disso.
A recém-formada Magneti Marelli CK Holdings deverá cortar custos por meio de sinergias. E expandir sua base de clientes à medida que os fabricantes de componentes tentam acompanhar a mudança das montadoras. O foco é condução autônoma, carros conectados e veículos elétricos.
“Essa combinação com a Calsonic Kansei surgiu como uma oportunidade ideal para acelerar o crescimento futuro da Magneti Marelli”, disse Manley na unidade da FCA especializada em iluminação, motor e eletrônica de alta tecnologia.
Ações subiram depois da venda da Magneti Marelli
As ações da FCA subiram 5,2% após o anúncio. Com os investidores saudando o preço elevado, o que impulsionará a posição de caixa líquido da FCA. E aumenta as expectativas de uma recompra de ações.
Marchionne iniciou um processo para desmembrar a unidade e distribuir suas ações para os acionistas da FCA no início de 2019. Mas disse em junho que a FCA ainda estaria “receptiva” a uma oferta.
Nem a FCA nem seu principal acionista, a família Agnelli, fundadora da Fiat, terão participação no negócio combinado. Mas a FCA disse que firmará um contrato de vários anos para garantir suprimentos a suas fábricas. E também manter operações e equipes na Itália.