Você está lendo...
Roborace terá novo carro com lugar para piloto, em vez do protótipo autônomo
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Notícias

Roborace terá novo carro com lugar para piloto, em vez do protótipo autônomo

A Roborace mostrou uma nova geração do DevBot, que deverá estrear no ano que vem. A ideia é que o piloto comece a corrida, e depois o carro segue sozinho

Redação

11 de nov, 2018 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

Roborace DevBot 2.0
Crédito:O novo carro da Roborace, denominado DevBot 2.0, tem visual inspirado em modelos da LMP, que correm nas provas de Le Mans. Foto: Roborace/Divulgação

Apesar de anos de trabalho, a Roborace decidiu alterar seus planos de realizar uma competição com modelos totalmente sem pilotos. Em vez disso, a companhia, que tem o piloto brasileiro Lucas di Grassi como CEO, deverá utilizar um carro com posto de pilotagem. A ideia é que uma parte da prova seja feita com um condutor humano, enquanto a outra ficaria a cargo da máquina.

INSCREVA-SE NO CANAL DO JORNAL DO CARRO NO YOUTUBE

Em vez utilizar o modelo futurista sem lugar para piloto, revelado no ano passado, a Roborace deverá estrear com o DevBot 2.0. Trata-se da segunda geração do protótipo que já fez algumas demonstrações, durante etapas da Fórmula E.

Publicidade


O DevBot 2.0 tem design inspirado nos protótipos da LMP, que disputam as provas de Le Mans.

Homem e máquina juntos

“A impressão de um piloto dirigindo e depois saindo do carro (enquanto o veículo segue sem condutor) exemplifica muito melhor a diferença entre o ser humano e a condução autônoma”, disse recentemente Di Grassi ao site Carscoops.

“Acho que a competição tem de ter um componente humano”, completou.


Comparado ao DevBot original, o novo protótipo tem aparência mais atraente, incluindo um grande aerofólio traseiro e luzes de LED.

As competições estão previstas para o ano que vem, e devem ocorrer paralelamente à Fórmula E, categoria de carros elétricos na qual Di Grassi é campeão.

A primeira temporada está prevista para ter menos de dez carros, de acordo com o piloto brasileiro. “Seis ou sete” unidades estão sendo construídas. Duas equipes estão confirmadas.


Para o futuro, Di Grassi mantém os planos de desenvolver um carro sem lugar para piloto. Ele prevê que os modelos terão um motor elétrico por roda, com potência variável em cada uma delas. No total, deverão ser 1.341 cv.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Encosto de cabeça e cinto de segurança previnem lesões graves em acidentes 

Equipamentos são essenciais para proteger os ocupantes do veículo, mas o uso incorreto pode mais atrapalhar do que ajudar

27 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Desde 2020, os carros fabricados no Brasil são obrigados a ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça para todos os ocupantes. Até então, era comum que o passageiro do meio do banco traseiro viajasse sem a proteção. 

Com a obrigatoriedade, muitos modelos tiveram de ser adaptados. Quando não foi possível – caso do Volkswagen Up –, o carro foi homologado somente para quatro pessoas por um curto período, antes de sair de linha.

Esses componentes são essenciais para a proteção de todos no veículo. O encosto de cabeça, por exemplo, evita ferimentos graves em casos de colisão traseira

“Sua principal função é proteger a coluna cervical quando há o efeito chicote ou whiplash, em inglês”, explica Jairo Lima, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

Riscos de lesões

Os ocupantes dos veículos são rapidamente projetados no instante da colisão. Esse deslocamento faz com que a cabeça e o pescoço sejam jogados subitamente para frente e para trás, podendo provocar sérias lesões na coluna cervical.

“Para minimizar o risco de lesões pelo efeito chicote, recomendam-se o uso adequado do cinto de segurança e o ajuste apropriado do encosto de cabeça”, diz Lima. Não adianta nada ter o equipamento se ele não estiver ajustado de forma correta.

“O movimento brusco da cabeça e do pescoço é capaz de causar danos a ligamentos, tendões e músculos do pescoço”, explica. “Em colisões traseiras mais severas, até mesmo as vértebras cervicais estão sujeitas a graves lesões.”

O posicionamento correto deve ser feito de acordo com a altura do passageiro, de forma a manter o contato constante da cabeça no encosto. Pode-se usar a linha da altura dos olhos como referência.

Estudo da Abramet

Essa proteção só funciona com o uso do cinto de segurança. Sua função principal é restringir os movimentos involuntários causados ao corpo dos ocupantes durante a colisão.

“O cinto de segurança ajuda a manter o passageiro no seu assento, limitando a movimentação de projeção do corpo à frente. Ele conta com o sistema pré-tensionador, que controla os movimentos involuntários do ocupante, complementando a proteção exercida pelo airbag”, destaca o docente.

Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), o uso do equipamento reduz em até 60% o risco de morte e ferimentos graves para passageiros no banco da frente e em até 44% para os do banco traseiro. “Cerca de 50% da eficácia dos cintos de segurança se deve à prevenção da ejeção de ocupantes”, informa um estudo publicado pela entidade.

A pesquisa ressalta a importância do equipamento no banco traseiro. “Não usar o cinto de segurança no banco de trás aumenta em cinco vezes o risco de morte do ocupante do banco da frente”, diz o estudo. “Isso acontece devido à possibilidade de o ocupante do assento traseiro ser arremessado violentamente contra os ocupantes dos bancos dianteiros.”