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A história das montadoras na Fórmula 1
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A história das montadoras na Fórmula 1

Entre idas e vindas, muitas fabricantes de automóveis já participaram da principal categoria do automobilismo

22 de abr, 2015 · 9 minutos de leitura.

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 A história das montadoras na Fórmula 1
Ferrari esteve em todas as temporadas desde sua estreia, nos anos 50

Seja com equipe própria ou fornecedora de motores, a maioria das montadoras já participou da Fórmula 1, pois a categoria é a maior vitrine mundial do automóvel. O objetivo é transmitir a imagem de produtor de veículos rápidos e confiáveis, entre outros predicados. Por isso, o fracasso, mesmo que a curto prazo, é sempre muito mal visto, o que explica por que há tantas idas e vindas na F1.

A Mercedes retornou ao campeonato com equipe própria em 2010 e só venceu um título no ano passado. No segundo ano da participação do time, o então vice-presidente mundial de marketing da montadora – e atual presidente da subsidiária brasileira -, Phillip Schiemer, colocou em dúvida a validade do investimento. “Se continuarmos assim, só perdendo, é melhor nem participar.”

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No ano passado, com a conquista do primeiro título após o retorno, o presidente mundial da Mercedes, Dieter Zetsche, fez um desabafo aliviado. “Nunca imaginei que demoraríamos tanto para vencer.”

A arquirrival BMW não chegou nem perto do brilho da Mercedes. Tanto que sua carreira com equipe própria, a Sauber, durou só quatro temporadas mal sucedidas. Com a Honda, a história foi a mesma. Em diversas tentativas com um time que levava seu nome, a marca nunca obteve sucesso.

MOTORES


Já a Renault se deu bem, conquistando os títulos de 2005 e 2006 com equipe própria. Isso não impediu a equipe de, ao entrar, posteriormente, em decadência, optar por voltar a ser apenas fornecedora de motor, função na qual já havia sido muito bem sucedida, no início dos anos 90, com Williams e Benneton. O resultado foi uma economia anual de cerca de US$ 220 milhões e quatro títulos seguidos, de 2010 a 2013, em parceria com a Red Bull.

O sucesso como fornecedora de motores também fez parte da história da Honda. A parceria com a McLaren, no fim dos anos 80 e início dos 90, foi uma das mais emblemáticas da história da Fórmula 1, garantindo três títulos a Ayrton Senna e outro a Alain Prost.

A Mercedes também se deu bem enquanto atuou só nesse segmento. Foram três títulos com a McLaren (Mika Hakkinen e Lewis Hamilton) e um com a Brawn (Jenson Button).


Veja as principais montadoras que já participaram, ou ainda estão, na F1.

FERRARI

Não à toa, é a equipe que tem a maior torcida. A empresa de Maranello entrou na F1 em 1950 e jamais deixou de atuar na categoria. É também a maior vencedora. São 16 títulos de construtores e 15, de pilotos, sete deles com Michael Schumacher. O time corre com motor próprio e também fornece a outras equipes, como a Sauber.


MCLAREN

É um caso de equipe que estreou na F1 e só depois se tornou montadora – de carros superesportivos. Com oito títulos de pilotos e oito de construtores, é a segunda maior força da história da categoria e a maior rival da Ferrari. Foi criada em 1963 pelo piloto Bruce McLaren e, desde então, disputou todas as temporadas.

MERCEDES


A primeira participação, em 1954 e 1955, resultou em dois dos cinco títulos de Juan Manuel Fangio. Em 1994, voltou à categoria como fornecedora de motores para a McLaren. Depois, passou a ser parceira de Force India, Williams e Lotus. Em 2010, voltou a ter time próprio e, no ano passado, conquistou os títulos de piloto e construtor.

LOTUS

Esteve na Fórmula 1 de 1958 a 1994, conquistando sete títulos de construtores e seis de pilotos, inclusive com Emerson Fittipaldi. Pelo time, passaram Ayrton Senna e Nelson Piquet. A atual Lotus nada tem a ver com a original. É a antiga Renault, agora controlada por um fundo de investimentos que adquiriu o direito de usar o nome.


RENAULT

Foram duas participações como equipe, de 1977 a 1984 e de 2002 a 2011. Na segunda, conquistou dois títulos, ambos com Fernando Alonso. Porém, mesmo quando esteve ausente como um time, a Renault se manteve na Fórmula 1 fornecendo motores vitoriosos para Lotus, Williams, Benneton e Red Bull, entre outras.

HONDA


A primeira participação com time próprio, de 1964 a 1968, rendeu algumas vitórias, com destaque para o piloto John Surtees. A segunda fase,de 2006 a 2008, teve um primeiro lugar, de Jenson Button. Já como fornecedora de motor, a Honda venceu títulos com Williams e McLaren, com a qual agora retomou a parceria.

BMW

Como fornecedora de motor, teve passagens pela F1 desde os anos 50, com parcerias com Brabham (resultando em dois dos títulos de Nelson Piquet) e Williams. Em 2006, adquiriu a Sauber; atuou com time próprio (com nome de BMW Sauber) até 2009. Foi na equipe que estreou Sebastian Vettel. Obteve uma vitória, em 2008, com Robert Kubica.


TOYOTA

A marca, que tem uma grande história no automobilismo, principalmente em categorias de turismo, mas, infelizmente, foi um verdadeiro fracasso na Fórmula 1. De sua estreia, em 2002, ao fim das operações, em 2009, nunca obteve vitória. Como fornecedora de motores, já foi parceira das equipes Williams, Jordan e Midland.

OUTRAS MONTADORAS NA CATEGORIA


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.