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Aceleramos: Fastback Abarth tem motor de 185 cv e mecânica remapeada; veja o preço
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Aceleramos: Fastback Abarth tem motor de 185 cv e mecânica remapeada; veja o preço

SUV-cupê tem motor 1.3 turboflex de 185 cv e 27,5 mkgf atrelado ao câmbio automático de seis marchas; Fastback Abarth tem visual modificado

Vagner Aquino, especial para o Estadão

26 de out, 2023 · 9 minutos de leitura.

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Fastback Abarth
Fastback Abarth custa R$ 159.990 e já pode ser encontrado em qualquer uma das 70 concessionárias da marca espalhadas pelo Brasil
Crédito:Vagner Aquino/Especial para o Estadão

O Autódromo Capuava, no interior de São Paulo, foi o cenário escolhido para o lançamento do Fastback Abarth. O SUV-cupê se vestiu de esportivo e agora usa o escudo do escorpião como logotipo. Em sua configuração esportiva, custa R$ 159.990 e já pode ser encontrado em qualquer uma das 70 concessionárias da marca espalhadas pelo Brasil. O lançamento também traz outra notícia: a versão Limited Edition Powered By Abarth Turbo baixou de R$ 162.490 para R$ 154.490 (R$ 8.000 a menos), deixando espaço para o modelo envenenado reinar como configuração topo de linha.



O termo “envenenado”, aliás, é perfeitamente utilizado no Fastback Abarth. Afinal, estamos falando de um modelo que conta com a tecla “Poison” do lado direito do volante – o termo significa, justamente, “veneno”, em inglês. O botão, portanto, serve para apimentar o comportamento do SUV-cupê. Afinal, ela faz com que a esportividade tome conta dos controles de tração e de estabilidade, bem como da carga da direção e do mapa do acelerador e câmbio. Ativa também a vetorização dinâmica de torque – distribui o torque em curvas.

Na pista do autódromo, deu para notar que se trata de uma configuração esportiva. Afinal, o Fastback Abarth tem direção direta, trocas de marcha rápidas e eficientes e um excelente comportamento do conjunto de suspensões (5 milímetros a menos em relação ao Fiat Fastback). A empresa aponta que as molas ficaram mais rígidas e os amortecedores até 21% mais estáveis.

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Fastback Abarth
Grade é destaque entre as mudanças na dianteira (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Esse comportamento também se deve às rodas mais largas e leves e aos pneus (215/45 R18) mais aderentes. Têm, ademais, as alterações no sistema de exaustão, que resultam em um forte ronco que sai pelos escapamentos. Além do Poison, tem, inclusive, mais dois modos: Normal e Manual.

Motor e dados

Isso tudo é graças ao trabalho de engenharia da marca, que mexeu em diversos pontos da mecânica do Fiat Fastback. Ela é composta pelo motor T270. Trata-se, portanto, do mesmo 1.3 turboflex com injeção direta de combustível e bloco de alumínio que desenvolve 180 cv (gasolina) e 185 cv (etanol) usado por outros modelos do grupo, como a Fiat Toro, por exemplo, e os SUVs da Jeep. O torque é de 27,5 mkgf disponíveis já aos 1.750 rpm.


Motor gera 185 cv de potência máxima (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Ainda na mecânica, o Fastback Abarth tem câmbio automático de seis marchas. Mas, por ser uma versão esportiva, os mais puristas estranham não haver uma opção de transmissão manual. Desse modo, a solução é recorrer às trocas por meio de borboletas atrás do volante.

Em números, o Fastback Abarth faz de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos. Já a velocidade máxima é de 220 km/h. Dados com etanol no tanque. Por fim, para frear todo esse gás, nada de disco nas quatro rodas. Mas os executivos da marca afirmam ter confiança na eficiência do conjunto, composto por disco ventilado (305 milímetros de diâmetro) com pinça flutuante, na dianteira, e tambor na parte de trás.


Fastback Abarth
Rodas têm 18″ (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Visual

O modelo, desenvolvido e produzido no Polo Automotivo da Stellantis em Betim (MG) sobre a plataforma MLA, também exigiu dedicação da equipe de design. Na frente, a princípio, destaque para a grade dianteira com novo formato e o logotipo “Abarth” no lugar do símbolo da Fiat. O friso que fica acima dos faróis, contudo, ganhou revestimento em fibra de carbono. O para-choque, todavia, é o mesmo da versão vendida pela montadora italiana, mas leva uma faixa vermelha de ponta a ponta.

Fastback Abarth
Modelo tem teto preto (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Nas laterais, adesivo em alusão à divisão esportiva. As rodas (de 18″) têm acabamento em preto brilhante (mesma cor dos retrovisores e do teto) e um friso vermelho em seu contorno. Já a parte de trás, por fim, tem a assinatura “Abarth” em letras garrafais na tampa do porta-malas. Há, ainda, antena shark, aerofólio, para-choque retocado e a dupla saída de escape com acabamento cromado que, aliás, ficou mais leve. No total, são quatro cores para a carroceria: branca, preta, cinza e vermelha.

Fastback Abarth
Fastback Abarth (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Interior e itens

Dispensando opcionais, o modelo tem, do lado de dentro, lista generosa de equipamentos, como painel de instrumentos digital (7″), central multimídia de 10,1″ (com Android Auto e Apple Carplay), freio de estacionamento eletrônico, Auto Hold e carregador de celular por indução, por exemplo. Sem deixar a esportividade de lado, a marca incluiu acabamento interno todo em preto. Os bancos são revestidos de couro ecológico e têm costuras vermelhas, bem como o apoio de braço, o volante e a coifa do câmbio. Os assentos dianteiros levam o logo da Abarth em baixo relevo nos encostos.


Fastback Abarth (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Dentre os recursos ADAS (sistemas avançados de assistência à direção), têm alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, alerta de saída de faixa com correção ativa e comutação automática do farol alto. Por fim, a lista segue com ar-condicionado automático-digital, freio de estacionamento eletrônico, sistema de partida por botão – chave presencial -, controle eletrônico de estabilidade, sensores de chuva e luminosidade, freios ABS com EBD e iluminação full-LEDs.

A ideia da marca é vender cerca de 350 Fastback Abarth por mês. De acordo com os executivos da marca, esse número equivale a 10% dos emplacamentos das versões convencionais. Segundo números da Fenabrave, o Fiat Fastback vendeu 3.670 unidades no mês passado.


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Prós

  • Sobrenome Abarth não é apenas mudança de estilo, afinal, modelo tem mecânica readaptada à esportividade; visual esportivo é simples e de bom gosto, sem exageros

Contras

  • Não há sequer freio a disco nas quatro rodas em um carro que custa quase R$ 160 mil; mais puristas podem reclamar da falta de opção de câmbio automático

Ficha Técnica

Fastback Abarth

Motor

1.3 T270 flex

Potência

180 cv (g) / 185 cv (e) a 5.750 rpm

Torque

27,5 mkgf (g/e) a 1.750 rpm

Câmbio

Automático de 6 marchas

Tração

Dianteira

Freios

A disco ventilado com pinça flutuante (dianteira) / A tambor (traseira)

Suspensão dianteira

McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores transversais com barra estabilizadora

Suspensão traseira

Eixo de torção com molas semi independentes

Rodas

18 polegadas

Comprimento

4,43 metros

Largura

1,78 m

Altura

1,54 m

Entre-eixos

2,53 m

Tanque

47 litros

0 a 100 km/h

7,6 segundos (e) / 8 s (g)

Velocidade máxima

220 km/h (e) / 219 km/h (g)

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