Que a Bugatti oferece os carros mais caros (e rápidos) do mundo, não é novidade para ninguém. Contudo, uma relíquia da montadora que acumula mais de oito décadas de vida, irá a leilão por um valor que pode ultrapassar os R$ 36 milhões.
Estamos falando do Bugatti Type 57S de 1937. Além da carro representar o que havia de mais luxuoso e moderno na década da 1930, o modelo é contou com apenas três proprietários em mais de 84 anos. Surpreendentemente, assim que seguiu para o segundo dono, em 1969, ele entrou em desuso por mais de cinco décadas.
Então, cerca de 52 anos depois, o terceiro proprietário levou sua rara aquisição para um verdadeiro “check up”. Contutdo, veio a falecer antes de seu veículo ficar pronto. O que restou, portanto, foi levar o Bugatti a leilão. A versão em questão ganhou o apelido de Dulce por causa da sua placa – DUL 351.
O carro dispõe de quatro lugares e utiliza o grandioso motor de oito cilindros em linha de 3,3 litros que entregava até 175 cv de potência. A velocidade máxima chegada aos 185 km/h e o tornava um dos automóveis mais rápidos do mundo.
Logo, sua carroceria foi especialmente desenvolvida para participar do Grande Prêmio da França, em 1936. Além disso, a pintura na cor preta está em perfeitas condições, assim como o interior com acabamento em couro e tingido na cor creme, original da carroceria.
Luxuoso veículo é um dos mais valiosos do mundo
A montadora italiana produziu cerca de 700 unidades do Type 57 (e suas diversas versões) entre 1934 e 1940. Na época, trouxe um produto ao mercado com um design bastante desruptivo e glamoroso. Estima-se que pouquíssimas unidades ainda existam hoje, e inclusive, alguns consideram que a versão Type 57SC é o veículo mais valioso do mundo.
O “Dulcie” irá a leilão no próximo dia 9 de fevereiro em Londres. Espera-se lances de 5 a 7 milhões de libras (cerca de R$ 36 a até R$ 50 milhões). Sobre a raridade, Sholto Gilbertson, diretor da Bonhams Motor Cars comenta “este pode ser o último Bugatti pré-guerra escondido”