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Avaliamos o novo Chevrolet Spin Activ
Avaliação

Avaliamos o novo Chevrolet Spin Activ

Em nova versão pseudoaventureira, monovolume mantém boa dirigibilidade.; configuração parte de R$ 62.060

12 de nov, 2014 · 7 minutos de leitura.

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 Avaliamos o novo Chevrolet Spin Activ
Com capacidade para cinco ocupantes, Spin Activ tem tabela partindo de R$ 62.060

Os modelos de visual aventureiro que caíram no gosto do consumidor brasileiro são pouco afeitos a trilhas radicais: gostam mesmo é de aventuras no asfalto. Com o Spin Activ, versão do monovolume da Chevrolet que chega às lojas no fim deste mês, não é diferente. As mudanças cosméticas não disfarçam que a vocação do modelo é conquistar famílias comportadas.

Com capacidade para cinco ocupantes, o modelo tem tabela de R$ 62.060 para a opção com câmbio manual e R$ 65.860 com transmissão automática. O motor é o mesmo 1.8 flexível das versões LT e LTZ, que desenvolve até 108 cv com etanol. Ar-condicionado, direção hidráulica, travamento das portas por controle remoto e rack de teto estão entre os itens de série.

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Por fora, há vários detalhes que diferenciam a nova versão: vincos nos para-choques, molduras de plástico preto fosco nos para-lamas, faixas laterais nas portas, faróis com moldura negra e lanternas escurecidas. O estepe foi deslocado para o centro da tampa traseira, uma modificação em relação ao Spin Activ asiático feita para agradar ao público brasileiro, e as rodas de 16 polegadas são calçadas por pneus de uso misto.

Na cabine, os bancos receberam novo grafismo, com faixas cinzas e brancas, mas são moles demais. Considerando a faixa de preço que o modelo ocupa, o acabamento poderia ser mais caprichado e algumas economias não se justificam. O para-sol do passageiro não tem iluminação, a câmera de ré é vendida apenas como acessório e a falta de GPS é imperdoável para uma minivan familiar.


Já o espaço interno, sobretudo para a cabeça e as pernas dos passageiros, continua sendo um trunfo – ainda que o quinto ocupante viaje com menos conforto, por causa da saliência no centro do encosto traseiro.

Morno. Se a maquiagem off-road deixou o carro com jeitão mais encorpado, em movimento há pouca diferença para o consumidor comum. Apesar dos pneus de uso misto e da distância ligeiramente maior do solo, o comportamento dinâmico do Spin Activ é muito parecido com o das demais versões.

O acerto da suspensão, voltado ao conforto, ameniza as imperfeições do terreno sem prejudicar a estabilidade, ainda que com alguma rolagem da carroceria, típica dos monovolumes altos.


Se a nova posição do estepe ajudou a deixar a traseira mais harmoniosa, também obstruiu parte da já diminuta área envidraçada, prejudicando a visibilidade. Além disso, o suporte da peça tem um ângulo de abertura que exige um espaço livre considerável, o que pode ser um problema na hora de guardar as compras do supermercado, se o veículo estiver estacionado de ré.

O desempenho não chega a emocionar, principalmente no caso da versão com câmbio automático. Justamente quando o pedal da direita é mais exigido, a transmissão faz trocas lentas, esticando as marchas até 6.000 rpm, o que acaba estrangulando as respostas do motor – que já parece pequeno para o peso do carro. Se as acelerações são penosas, sobretudo com o veículo carregado, o nível de ruído é baixo em velocidade de cruzeiro – a 120 km/h, o giro mal chega a 2.500 rpm.


No fim das contas, os novos adereços podem ter deixado o visual do Spin mais invocado, mas toda essa agressividade se dissipa em movimento, revelando um carro menos jovem e mais familiar. É como aquele tiozão separado que rouba uma camisa estilosa do sobrinho, mas não deixa de ser um tiozão. Nada que afugente os potenciais consumidores – a GM espera que a opção Activ passe a responder por 25% das vendas do monovolume.

Prós: espaço interno
Passageiros viajam com folga para as pernas e cabeça. Com 710 litros, porta-malas lidera o segmento e atende bem às necessidades de uma família.

Contra: conjunto mecânico
Motor de 108 cv é pequeno para o peso do monovolume. Câmbio automático demora para fazer as trocas, deixando o Spin “amarrado”



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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.