Você está lendo...
Aventureiros caíram no gosto do brasileiro
Notícias

Aventureiros caíram no gosto do brasileiro

Modelos com visual off-road, mas nenhuma ou pouca aptidão são sucesso garantido no mercado

25 de mar, 2015 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

 Aventureiros caíram no gosto do brasileiro
Fádia Tarcha se rendeu aos aventureiros; proprietária de um EcoSport já teve também um CrossFox

Carros com visual aventureiro estão diretamente ligados ao ditado “Parece, mas não é”. Apesar da imagem descolada e “lameira”, a verdadeira aptidão desse tipo de modelo é o asfalto, fato que não os desmerece, é verdade.

Tanto que eles fazem muito sucesso e a maioria das fabricantes tem representantes nesse nicho.“Eles fogem do tradicional e funcionam como uma espécie de extensão da personalidade do dono”, diz o gerente de marketing da Volkswagen, Henrique Sampaio. A marca foi uma das pioneiras na categoria, com o hatch CrossFox.

Publicidade


A médica Juliana Porto é uma das fãs desse tipo de veículo – ela tem um Renault Sandero Stepway. “Sei que ele é ótimo na rua. Me sinto mais segura ao passar por lombadas e valetas. Eu compraria outro no mesmo estilo, pois não quero mais dirigir carro baixo.”

A posição de guiar alta também conquistou a tradutora Fádia Tarcha. Ela teve um CrossFox e atualmente roda a bordo de um Ford EcoSport. “Acho perfeito para uma cidade como São Paulo”, conta.

Fã da Fiat, o empresário Joel Guedes está em sua terceira picape Strada Adventure. Ele gosta do estilo de veículo que ostenta molduras plásticas por toda a lataria. Esses componentes são um dos símbolos do segmento de aventureiros de “butique”. “Gosto muito do carro porque veio bem equipado, não precisei comprar nenhum opcional”, diz. Ele conta que já enfrentou estradas de terra algumas vezes. “Não tenho medo. Ela se saiu bem”, afirma.


Oferta ampla de equipamentos é um forte apelo.

Quando a Toyota lançou o Etios Cross, em novembro de 2013, esperava comercializar menos de 300 unidades da versão por mês. A média atual é de 385 e essa opção já responde por 28% das vendas totais do hatch compacto. “Esse segmento caiu no gosto do brasileiro por oferecer um pacote mais completo de itens ao consumidor”, diz o gerente de produto da marca, Leandro Teixeira.

Na Renault, o Sandero Stepway representa 35% dos emplacamentos do modelo, enquanto na Fiat, no caso da picape Strada, 30% dos consumidores preferem a versão Adventure. Diretor comercial da marca italiana no Brasil, Lélio Ramos reforça o coro do executivo da Toyota no que diz respeito aos equipamentos de série. “Além disso, o conteúdo, como suspensão elevada, pneus de uso misto e barras longitudinais no teto, garante uma imagem off-road”, diz.

Sempre com um amplo pacote de itens de conforto, segurança e entretenimento, os carros aventureiros são os de topo de suas linhas. Entre as opções do mercado, não há nenhum modelo com tabela abaixo dos R$ 50 mil.

O mais em conta é o Etios Cross, que parte de R$ 51.050. “Eles estão sempre ligados à itens de muita tecnologia”, justifica o gerente de produto da Volkswagen, Henrique Sampaio. Confira algumas opções de veículos fora-de-estrada “light” disponíveis no País.

Aprenda como abrir o porta-malas e remover o estepe em carros aventureiros


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.