A BMW foi a primeira marca premium a oferecer um carro elétrico no Brasil, o i3. Quando chegou ao país, em 2014, não havia pontos de recarga como atualmente. Tanto é que o hatch elétrico veio sempre na versão com extensor de autonomia. Mas, agora, passados bons anos, a marca bávara vai dar o segundo grande passo na eletrificação por aqui e trazer três novos modelos elétricos em 2022.
Entre eles, está o inédito SUV iX, apresentado em janeiro e em pré-venda no site oficial da BMW. Além dele, virão ao Brasil o iX3, versão a bateria do SUV X3, e o i4, super lançamento da recém-criada linha de carros elétricos da alemã. Assim, a BMW terá cinco modelos elétricos no País, somando com o Mini Cooper S E e o BMW i3.
”Temos o compromisso de sempre trazer as tecnologias globais atuais pro cliente brasileiro e seguiremos a buscar novidades para todas as marcas no BMW Group Brasil dentre os 30 lançamentos confirmados para o país em 2022”, afirma Aksel Krieger, CEO e Presidente do BMW Group Brasil.
Como será o iX3?
Até o momento, não há informações sobre como será o iX3 no Brasil. No entanto, na coletiva, a BMW informou que o SUV terá um motor elétrico que traciona as rodas traseiras e gera potência de 210 kW – equivalente a 286 cv. O torque chega a 40,8 mkgf, que faz o modelo acelerar de zero a 100 km/h em 6,8 segundos. A velocidade máxima é de 180 km.
De acordo com a marca alemã, a bateria do iX3 tem 74 kWh. A mecânica estreia a 5ª geração da tecnologia eDrive, que permite ampliar a autonomia máxima para até 460 km (Ciclo WLTP). O componente, por fim, pode ser recarregado de 10% a 80% em pouco mais de 30 minutos em estações de carga rápida. Na tomada de casa, por meio da BMW Wallbox (de 11 kW), o iX3 pode ter 100% de carga em menos de 8 horas.
Vale dizer que o SUV vai chegar no mercado para bater de frente com modelos como o Volvo C40 Recharge, que está em pré-venda por R$ 419.950. No entanto, o BMW não teve valores divulgados. A marca diz que mais informações serão anunciadas em breve.
BMW iX terá duas versões
A BMW abriu, em janeiro deste ano, a pré-venda das duas versões do SUV iX, são elas xDrive40 e xDrive50. O modelo, atual flagship da marca (ou seja, conta com as tecnologias mais avançadas da BMW), terá as primeiras unidades entregues aos seus donos no segundo trimestre deste ano.
A versão xDrive 40 custa R$ 654.950 e usa um conjunto elétrico de 326 cavalos de potência e 64 mkgf de torque. Assim, ele acelera até os 100 km/h, partindo da inércia, em 6 segundos. Sua autonomia é de até 425 quilômetros (ciclo WLTP).
Já no iX xDrive50, que custará R$ 799.950, a potência máxima sobe para 523 cv e o torque para 77,7 mkgf. Aceleração e autonomia, dessa forma, são superiores. A versão mais cara do SUV elétrico acelera de 0 a 100 km/em 4,6 segundos. E, com uma única carga de bateria, pode rodar até 630 quilômetros.
As duas versões têm velocidade máxima de 200 km/l, limitada eletronicamente para preservar a bateria. De acordo com a marca bávara, em comparação com o pacote de baterias do BMW i3 2020, a densidade energética teve um incremento de 40%. No caso do xDrive40, são 76,6 kWh de capacidade total, enquanto no xDrive50, 111,5 kWh. Confira os detalhes aqui.
Vendas subiram
Em 2021, a BMW anunciou que iria aplicar, nos próximos três anos, cerca de R$ 500 milhões na planta de Araquari (SC), onde iniciaram a produção dos SUVs X3 e X4. Além disso, a montadora prometeu desenvolver novos sistemas localmente, oferecendo soluções cada vez mais avançadas.
E parece que o resultado começou a aparecer, pois, segundo a marca, as vendas subiram 16,8% em comparação a 2020. Inclusive, entre as 14.552 unidades emplacadas no ano passado, 2.661 foram elétricos e híbridos plug-in.
Apesar do crescimento, a BMW ainda não prevê planos para começar a produzir elétricos nacionalmente. Mas, ao que parece, está empenhada em crescer nos níveis de produção por aqui. “O mercado de veículos Premium brasileiro será ao menos 50% elétrico no fim dessa década e seguiremos liderando a transformação da mobilidade no país, com a introdução de modelos alimentados exclusivamente por baterias”, finalizou Aksel.