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BMW X5 se torna o primeiro híbrido plug-in a ser produzido no Brasil
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BMW X5 se torna o primeiro híbrido plug-in a ser produzido no Brasil

Versão híbrida plug-in do BMW X5 tem quase 500 cv de potência e autonomia de até 642 km; SUV de luxo recarrega bateria em cerca de 3 horas

Thais Villaça, especial para o Jornal do Carro e Diogo de Oliveira

10 de abr, 2024 · 5 minutos de leitura.

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BMW X5 xDrive50e híbrido plug-in
BMW X5 é o primeiro carro híbrido plug-in com produção nacional
Crédito:BMW/Divulgação

A BMW anunciou nesta quarta-feira (10) a produção nacional do SUV X5 na versão híbrida plug-in, que é recarregável em tomadas. De acordo com o presidente e CEO da montadora na América Latina, Reiner Braun, “um em cada quatro carros da marca vendidos no Brasil é híbrido ou elétrico, o que prova o sucesso da eletrificação no País”. Assim, o modelo – hoje importado – passará a ser montado na fábrica de Araquari, em Santa Catarina, na mesma versão xDrive50e X Line.



Com isso, o BMW X5 passa a ser o primeiro carro híbrido plug-in feito no País. E não é só: a marca bávara anuncia o modelo como o mais potente e tecnológico em produção no Brasil e na América do Sul. “Seremos a primeira fabricante a fazer um híbrido plug-in no País”, celebra Michael Nikolaides, chefe de produção, network e logística do BMW Group. O preço do modelo é o mesmo já praticado antes, com tabela a partir de R$ 731.950.

BMW X5 xDrive50e híbrido plug-in
BMW/Divulgação

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Como é o BMW X5 híbrido plug-in

A atual 4ª geração do BMW X5 estreou no fim de 2018, já como linha 2019. Depois disso, o utilitário ganhou reestilização que estreou no início de 2023 nos Estados Unidos, onde é produzido junto com o X6 na fábrica de Spartanburg, na Carolina do Sul. Em seguida, o modelo chegou ao Brasil na versão híbrida plug-in que, agora, será feita em Santa Catarina. Aliás, em fevereiro deste ano, o X5 completou 25 anos de produção e é o SUV mais vendido da marca.

BMW X5 xDrive50e híbrido plug-in
BMW/Divulgação

De volta à produção local, o X5 xDrive50e X Line vai manter a configuração já disponível no modelo importado. Ou seja, terá o mesmo conjunto híbrido plug-in que combina o consagrado motor 3.0 turbo a gasolina de seis cilindros em linha e 313 cv a um motor elétrico de 197 cv que fica instalado junto ao câmbio automático de oito marchas. No total, a montadora anuncia potência de 498 cv e 71,4 mkgf de torque máximo no SUV.


BMW X5 xDrive50e híbrido plug-in
BMW/Divulgação

Além dos dois motores e do câmbio, o BMW X5 híbrido plug-in traz uma bateria mais robusta, com capacidade de 25,7 kWh. Esta é capaz de fornecer autonomia elétrica de 110 km no ciclo global WLTP ou de 90 km, no padrão do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBVE), do Inmetro. Já o desempenho é de carro esportivo, com aceleração de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos e velocidade máxima de 250 km/h (limitada eletronicamente).

BMW X5 xDrive50e híbrido plug-in
BMW/Divulgação

BMW X5 híbrido não será flex

A BMW ressalta que, por enquanto, não há previsão de converter o X5 híbrido a flex. Com gasolina no tanque, o SUV faz médias de 9,1 km/l na cidade e de 9,3 km/l na estrada. Já a autonomia com o tanque de combustível cheio e a bateria recarregada é de 628 km na cidade e de até 642 km na estrada. Por fim, o tempo de recarga da bateria em carregadores de corrente alternada e 7 kW de potência, como em um Wallbox, leva em torno de 3h30.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.