Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

05/09/2022 - 9 minutos de leitura.

Carros elétricos: brasileiros têm receptividade acima da média, diz estudo

Pesquisa realizada pela McKinsey & Company aponta que brasileiro tem mais interesse por carros elétricos que populações de países desenvolvidos

Estudo da Agência Internacional de Energia revela que equiparação de preços virá, mas na próxima década Crédito: Vagner Aquino/Jornal do Carro

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Que o brasileiro ainda tem medo de adquirir carros elétricos é fato. Apesar da crescente alta de vendas, o consumidor local ainda vê barreiras como falta de infraestrutura, preço alto e tempo de recarga, por exemplo. Mas, por aqui, há maior interesse do público local pelo tema que em países ricos. É o que aponta pesquisa da McKinsey & Company.

Os dados foram apresentados na feira de negócios C-MOVE, no Veículo Elétrico Latino-Americano – que aconteceu até este domingo (4), na capital paulista. Além de números comparativos entre Brasil e as principais potências mundiais em relação à eletromobilidade, o evento apresentou tendências e diretrizes que devem chegar ao País no curto e médio prazos.


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A princípio, o documento aponta que existem quatro grandes fatores que podem alavancar a eletromobilidade no Brasil. São eles: consumidores, tecnologia, infraestrutura e incentivo regulatório. Afinal, “o brasileiro tem um apetite enorme por novas tecnologias”. “O nosso estudo identificou que existe uma intenção de adoção acima da média de países desenvolvidos”. É o que diz Felipe Fava, líder do centro da mobilidade do futuro da McKinsey na América Latina.

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Brasileiros na onda da sustentabilidade

A ideia de ter um carro “amigo do meio ambiente” é bem visto por 64% dos brasileiros. Ou seja, um percentual acima de suíços e alemães, com 58% cada. Em contrapartida, a pesquisa aponta que o acesso à recarga (64%) e a autonomia de bateria (43%) estão entre as maiores preocupações.

“Isso é falta de informação, porque essa ansiedade (por carregamento) não tem fundamento. Basta carregar o carro em casa. É questão de prática, de vivência”, argumenta Fava. Mas, por ainda ser uma realidade distante do bolso da maioria dos brasileiros, o estudo aponta grande interesse do consumidor local por soluções como assinatura de veículos eletrificados e micromobilidade. Afinal, o carro elétrico mais barato do Brasil, o Caoa Chery iCar, parte de R$ 144.990.

ALEX SILVA/ESTADAO

Entretanto, apesar do alto custo de compra, os valores gastos com recarga são bastante inferiores ao custo com combustíveis tradicionais, como a gasolina. O ideal é ter ponto de recarga em casa. É por isso que empresas como a Triskel e a NeoCharge já vendem carregadores domésticos com preços a partir de aproximadamente R$ 5.000. Trata-se de um mercado em franca expansão.

População quer experimentar

O levantamento aponta que 70% dos entrevistados pensa em experimentar carros elétricos via serviços por assinatura. Contudo, 18% visa redução nos custos totais de propriedade. “Muitos não veem mais motivo em serem proprietários de um veículo. O interesse é mais em ter acesso a um carro, uma mobilidade compartilhada, do que sem ser dono”, argumenta Fava. Ainda segundo dados da pesquisa, 39% dos consumidores daqui querem usar outros meios, como patinetes e bicicletas elétricas, por exemplo. Isso dentro dos próximos 10 anos.

Aluguel de elétricos

No Brasil, desde 2020, cresceu a oferta de assinatura de carros e motos elétricas, e serviços de compartilhamento de veículos. Quem está prestes a chegar por aqui é o VEC Itaú. É o novo serviço de carros compartilhados que o banco vai lançar até o fim deste ano. O Jornal do Carro já testou o serviço, que terá até modelos de luxo na frota (leia mais).


TIÃO OLIVEIRA/ESTADAO

A sigla VEC vem de “Veículo Elétrico Compartilhado”. Essa opção de mobilidade urbana tem o mesmo conceito da bicicleta compartilhada, há 12 anos no mercado brasileiro. De início, o foco serão as empresas. Assim, o aluguel para “pessoas físicas” começa em 2023.

Na frota, o VEC Itaú terá BMW i3, JAC IEV 40 e Jaguar i-Pace. Para alugar, basta ter um smartphone, cartão de crédito e Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Se tudo estiver em dia, basta baixar o aplicativo do serviço no telefone celular. Após preencher cadastro, é preciso esperar a validação pela plataforma.


Quando o serviço estiver em operação, os carros deverão ficar em estacionamentos. Ou seja, nada de bolsões, como é feito com as bikes. Afinal, no fim do aluguel, o usuário deverá plugar o veículo em uma tomada de parede para recargar as baterias.

Infraestrutura tem aumento gradativo

Por falar em recarga de baterias, vale dizer que o número de eletropostos vem aumentando no Brasil. No total, o País tem 1.300 estações de recarga para veículos elétricos, conforme levantamento da startup de mobilidade, Elev. De acordo com o estudo, só a cidade de São Paulo reúne 445 pontos. Assim, 34% dos carregadores públicos e semipúblicos para carros elétricos e híbridos plug-in se concentra em solo paulista. Além disso, conforme noticiou o Jornal do Carro, o crescimento só de julho para agosto deste ano foi de 11,25%.

Shell/Divulgação

Dessa forma, São Paulo dá os primeiros passos e tem posto de gasolina instalando eletroposto. A Shell, por exemplo, inaugurou recentemente a primeira estação de carga rápida para carros elétricos na capital paulista. O ponto, que fica na Marginal do Tietê, Zona Norte da capital, tem potência de 50 kW. No mais, há diversas estações de recarga disponíveis em locais públicos e estabelecimentos, como supermercados e shoppings, por exemplo.

Embora o Brasil ainda não tenha lei específica que permita cobrança de energia, alguns locais cobram a recarga dos clientes. Cabe lembrar que, desde 2018, uma portaria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permite a cobrança de por empresas que disponibilizem pontos de recarga. É o que diz o artigo 9º da Resolução Normativa nº 819. De acordo com o texto, “é permitida a recarga de veículos elétricos de propriedade distinta do titular da unidade consumidora. Inclusive, para fins de exploração comercial a preços livremente negociados”.

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