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Chery QQ tem fôlego surpreendente
Avaliação

Chery QQ tem fôlego surpreendente

Confira a avaliação do modelo chinês, que chega ao mercado nacional nos próximos dias para ser o carro mais barato do País, a R$ 22.990. O Chery anda bem para um veículo equipado com motor 1.1 de 68 cv, mas também tem muitos defeitos comuns aos carros...

30 de abr, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Chery QQ tem fôlego surpreendente

(Fotos: Sérgio Castro/AE)

Rafaela Borges

O subcompacto Chery que chega em breve às lojas será o carro mais barato do Brasil. Trata-se do chinês QQ, que estreia no mês que vem por R$ 22.990, valor R$ 230 menor que o do atual detentor do título, o Fiat Mille duas-portas.

Enquanto o modelo nacional vem “pelado”, o asiático traz de fábrica o recheio básico de seus irmãos à venda aqui: ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS, air bags frontais e por aí vai. E sua carroceria é de quatro portas.

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O comportamento do carrinho chinês surpreende. Como pesa apenas 890 kg, parece que tem motor mais eficiente que o 1.1 a gasolina que gera só 68 cv. Como comparação, o 1.0 flexível do Gol G5 produz 76 cv com etanol. E o Volkswagen tem oito válvulas, ante as 16 do do QQ.

O Chery não perde fôlego em subidas e embala rápido. Nas retomadas, não é preciso fazer muitas reduções no câmbio manual, que tem cinco velocidades. O engates são um pouco ruidosos e os motoristas mais afoitos podem ter dificuldade de engatar uma ou outra marcha. Mas isso não incomoda muito.


Rebarba atrás do volante pode até ferir dedos do motorista

Então, tudo é festa com esse pequeno chinês? Nem tanto. Há aspectos negativos que podem incomodar o consumidor. A começar pelo insuportável ruído do motor a partir das 2.500 rpm. É de enlouquecer. E o propulsor começa a reverberar na cabine logo que se dá a partida.

Nas cinco unidades disponíveis para avaliação havia várias peças mal encaixadas tanto por dentro quanto por fora. Em todas, o espaço entre a tampa do capô e o para-choque era muito maior do lado direito do que do esquerdo. E atrás do volante, à direita, há uma rebarba que pode ferir os dedos do motorista.

Atrás cabem apenas dois adultos, que podem ficar com as pernas apertadas

O QQ é essencialmente urbano. Por ser 14 cm menor que Fiat Mille, é fácil de estacionar em vagas apertadas. No banco de trás, cabem dois adultos, que ficarão com as pernas apertadas se tiverem mais de 1,65 metro de altura.


Não dá para entrar com “sede” em curvas. As rodas de 13” e o centro de gravidade alto fazem a carroceria inclinar muito.

Rodas de 13 polegadas atrapalham o comportamento em curvas


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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.