Você está lendo...
Chevrolet Cruze e Nissan Kicks fazem duelo de preços iguais
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Comparativo

Chevrolet Cruze e Nissan Kicks fazem duelo de preços iguais

Sedã e utilitário não são rivais diretos, mas custam os mesmos R$ 89.990 e mexeram com a concorrência

23 de out, 2016 · 8 minutos de leitura.

Publicidade

 Chevrolet Cruze e Nissan Kicks fazem duelo de preços iguais
Novidades, Cruze LT e Kicks SL se enfrentam pelo preço: ambos partem de R$ 89.990

O que pode existir em comum entre um utilitário-esportivo, como o Nissan Kicks, e um sedã, caso do Chevrolet Cruze? Muito mais do que as imagens desta página podem sugerir. O primeiro tem visual aventureiro e porte elevado, como convém à categoria. O outro prima pelo desenho e soluções modernos. Mas os dois se encontram em dois quesitos: são novidades e partem de R$ 89.990.

Não é de hoje que, na hora de fechar negócio, a maioria dos compradores prioriza o preço e o que o veículo oferece. E, como as barreiras que separavam categorias de carros caíram há tempos, comparamos essa dupla para saber qual deles é melhor.

Publicidade


A posição ao volante é o que mais diferencia o jipe do sedã. No Nissan, o motorista fica mais elevado, enquanto no Chevrolet quem está ao volante vê as coisas de baixo.

Kicks SL (por ora a única versão disponível) e Cruze LT (opção mais barata da “família”) chamam a atenção pelo estilo moderno. O novato não tem a menor semelhança com os demais Nissan à venda no País (March, Versa e Sentra), notadamente conservadores. O mesmo vale para o Cruze, que não lembra nem de longe o anterior.

No quesito desempenho, o Chevrolet está muito à frente do Nissan. O Cruze tem um moderno motor 1.4 turbo flexível, que gera até 153 cv de potência e 24,5 mkgf de torque. Em combinação com o bom câmbio automático de seis marchas, o sedã empolga ao volante.


Esse é o ponto mais fraco do Kicks. Se você estiver rodando no plano, em velocidade de cruzeiro, ele até que vai bem, mas basta aparecer um aclive para o ponteiro do velocímetro começar a cair rapidamente. Para manter a tocada é preciso pressionar mais forte o pé direito.

O 1.6 flexível de 114 cv (o mesmo dos compactos March e Versa) mostra-se insuficiente para Kicks em várias situações. O câmbio automático CVT, de relações continuamente variáveis, também não é adequado a ritmos frenéticos de condução.

Além disso, só o Chevrolet tem sistema start&stop, que desliga automaticamente o motor em paradas de semáforo, por exemplo. Mas, curiosamente, não dá para desativar o dispositivo, como ocorre normalmente em outros carros.


Como nos demais Nissan, o Kicks tem direção com assistência elétrica bem leve, de comportamento um pouco artificial. Não é o tipo de sistema comunicativo, que “informa” o motorista sobre como vão as coisas sob o carro. A suspensão dianteira é muito “leve”, como se o carro estivesse flutuando.

O Cruze, por sua vez, transmite solidez ao rodar. A suspensão isola bem as imperfeições do piso e o isolamento acústico da cabine é melhor que no Kicks.

No acabamento, os dois são equilibrados. O Cruze tem materiais de boa qualidade mesmo na versão mais barata. Entre os destaque, os dois têm painel revestido de couro, por exemplo.


Bons também são os recursos de conectividade e multimídia e em ambos há tela de sete polegadas. No Cruze, é possível espelhar aplicativos de celulares (Apple e Android). Além disso, há o OnStar, de auxílio em caso de emergência e até atendimento remoto de indicação de locais (restaurantes, hotéis, etc), mas falta o navegador GPS, disponível apenas na opção LTZ. No Kicks o item é de série.

O Nissan vem com seis airbags, ante quatro do Chevrolet. Controles de tração e estabilidade e sistema Isofix para fixação de cadeira infantil vêm em ambos. Mas no Kicks os freios de trás são tambor – os do Cruze são a disco na quatro rodas.

Embora tenha peças mais caras, o Chevrolet tem seguro mais barato, porta-malas maior e dirigibilidade bem superior.


OPINIÃO: Sedãs ou jipinhos? Não importa, o que vende é novidade!

Num passado recente, os consumidores costumavam ser fiéis ao segmento na hora de comprar um novo carro. Trocavam sedãs por sedãs, peruas por peruas e assim por diante. Com o sucesso dos utilitários-esportivos e a enxurrada de lançamentos, é natural que esses veículos seduzam clientes de várias categorias. Mas o mercado é movido a novidades, e a chegada de Honda Civic e Chevrolet Cruze tende a irrigar as vendas dos sedãs. Dentro de um três-volumes não dá para ver as coisas tão de cima (grande apelo dos jipes), mas a dirigibilidade é muito melhor. Viva a diversidade!


Deixe sua opinião