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Chevrolet Cruze sai de linha na Argentina para dar lugar ao Tracker
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Chevrolet Cruze sai de linha na Argentina para dar lugar ao Tracker

Sedã médio da GM dará lugar ao Tracker em sua linha de produção na Argentina; não existem informações sobre um sucessor para o modelo

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

12 de jun, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Chevrolet Cruze dará espaço ao Tracker na Argentina, concessionários já foram avisados
Crédito:Divulgação/Chevrolet

A filial argentina da General Motors anunciou o fim da produção do médio Cruze após 8 anos de fabricação em Alvear, Rosário. No entanto, mesmo após o fim da produção, a GM continuará a produzir peças de reposição no país para o modelo, pelos próximos 10 anos, por exemplo. Espera-se que o hatch e o sedã saiam definitivamente de linha no final deste ano, quando devem se encerrar os estoques.

Deste modo, está garantido o fornecimento de peças e demais componentes para o veículo, que sairá de linha em sua segunda geração. Além disso, o Cruze já foi descontinuado em outros países, como China, Coréia do Sul, México e até nos Estados Unidos.



Divulgação/Chevrolet

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Já na planta em Santa Fé, outro veículo da GM assumirá a posição de destaque: o Tracker. Com o fim das carrocerias sedã e hatch do Cruze, o SUV da marca ganha espaço para aumentar sua produção e, assim, suprir a demanda local, além dos demais mercados onde é vendido. A sua produção atingiu 23 mil unidades em maio deste ano.

Chevrolet Cruze não deixará sucessor

Modelo Sport6 era um dos últimos hatches médios à venda no País; Foto:Divulgação/Chevrolet

No entanto, a GM não fala em um sucessor para o modelo, mesmo considerando o fato de que o Chevrolet Cruze estava posicionado acima do Tracker e abaixo do Equinox. Isso também se deve a uma mudança de pensamento por parte do público, que atualmente dá preferência aos SUVs em vez de sedãs, que tinham a preferência no passado. O modelo já não aparece mais em opções de financiamento no mercado argentino, único lugar do mundo em que ainda tinha produção.


A Chevrolet chegou a cogitar usar o motor 1.4 do Cruze no Tracker, mas a ideia acabou descartada. Além disso, seria possível produzir também o SUV médio Equinox localmente, mas a ideia não avançou. Em mercados internacionais, como México e China, por exemplo, o Cruze foi substituído pelo Monza. No Brasil, o mercado de sedãs médios se diluiu, enquanto que o de hatches médios, que tinha no Cruze Sport6 como seu último bastião, agora só conta com opções importadas, vindas da Mercedes-Benz e da Audi, por exemplo.

Cruze pode dar lugar a SUV inédito

Aqui no Brasil, o Chevrolet Cruze sobrevive por aparelhos. Para se ter uma ideia, o sedã emplacou apenas 632 unidades até o momento em 2023. Afinal, parte de R$ 148.650. Por sua vez, o hatch Sport 6 tem preço inicial de R$ 169.190. Sob o capô, a dupla conta com motor 1.4 turbo flex de 153 cv de potência e 24,5 mkgf de torque.

GM chevrolet cruze novo SUV
Divulgação/Chevrolet

Seja como for, com a saída do Cruze, a fábrica argentina vai concentrar seus esforços na produção do Tracker. Entretanto, conforme o Jornal do Carro antecipou, a General Motors prepara um novo SUV maior que o utilitário, que deverá ser a nova geração do Trax, já disponível no mercado norte-americano.

Lançado na China como Seeker, o Trax estreou nos Estados Unidos no fim de 2022 para substituir o Tracker. O novo SUV é um pouco maior e tem dimensões mais próximas às do Jeep Compass. Além disso, exibe o visual mais moderno da marca da gravata dourada. Ao todo, o Trax traz cinco versões de acabamento no mercado norte-americano: LS, 1RS, LT, 2RS e Acitv. Sob o capô, todas terão o motor 1.2 turbo a gasolina, que gera 139 cv de potência e 22,4 mkgf de torque. O câmbio é automático de 6 marchas e a tração, dianteira.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.