A duas semanas do retorno do Salão do Automóvel de Paris, na França, a Citroën revela imagens do seu carro conceito que terá destaque na feira francesa entre 17 e 23 de outubro. O Oli – pronuncia-se “All-e” – indica que o modelo é um elétrico puro, alimentado por baterias. O conceito estreia o novo logotipo oval da marca francesa, inspirado no primeiro emblema, de 1919. Entretanto, esbanja modernidade e mistura formas de SUV e picape. Lembra também um buggy futurista. Outro detalhe legal é que o Citroën Oli é feito com materiais reciclados.
Nas medidas, tem porte de SUV compacto, já que conta com 4,2 metros de comprimento, 1,65 m de altura e 1,9 m de largura. No entanto, não há bem uma definição de categoria para encaixar o novo conceito. De acordo com a Citroën, o destaque é o peso. O carro tem cerca de 1.000 kg. Ou seja, é bem mais leve que a maioria dos SUVs compactos no mercado.
Papelão na estrutura
Para atingir esse peso, o Oli utiliza papelão reciclável em vários pontos da carroceria. Esse é o caso, por exemplo, do piso da ‘caçamba’, além do capô e dos painéis no teto. Além disso, o interior é repleto desses materiais, o que influencia no ciclo de vida do veículo. Segundo a própria marca, ele teve “sua concepção focada na longevidade a fim de criar sua própria economia circular”. Ou seja, foi feito para servir como uma fonte de peças para outros modelos.
Vale mencionar o novo conjunto de rodas de 20 polegadas. Feitas em parceria com a Goodyear, elas utilizam um novo protótipo híbrido e sustentável. Dessa forma, utilizam tanto alumínio quanto aço na sua composição. O resultado, de acordo com as informações, são rodas 15% mais leves que as de aço e uma redução de peso de 6 kg do veículo.
400 km de autonomia
Em tese, quanto maior a capacidade da bateria, maior será a autonomia de um carro elétrico. No entanto, o Citroën Oli apresenta um conceito que rompe padrões. Por conta da ampla redução de peso, o modelo alcança autonomia de 400 km com um pacote de baterias de 40 kWh. Dados de desempenho ainda não foram divulgados. Mas a marca confirma que há uma limitação de velocidade em 110 km/h, o que auxilia no consumo de 10kWh/100 km.
Em relação à recarga, o modelo consegue recuperar de 20% a 80% da energia em 23 minutos. Além disso, tem uma tomada de 3,6 kW (equivalente a uma tomada doméstica de 230V e 16A) que pode alimentar um dispositivo elétrico de 3000W por cerca de 12 horas.
Inovador
No geral, o Oli tem um design ousado. Para trazer o modelo para a realidade, a Citroën utilizou algumas fórmulas inovadoras. A carroceria tem um formato quadrado, portanto, o para-brisa é totalmente reto. As janelas, que tem abertura manual, acompanham o leve caimento do teto, que lembra o estilo cupê. Mas, o intuito aqui, segundo a montadora, é reduzir os efeitos do sol. Assim, compensa a falta do ar-condicionado a bordo.
Outro detalhe curioso é que os para-choques são idênticos na dianteira e na traseira. Entre os destaques do visual, estão os faróis com formato de “C” que, desta vez, não são ligados por um filete cromado, como acontece, por exemplo, no hatch C3. No mais, é possível identificar a nova proposta de cor da Citroën, que fez questão de acrescentar o ‘vermelho Infra’ nos detalhes da carroceria, bem como em todo o interior do veículo.
Conectividade
Falando na cabine, vale destacar que o painel se utiliza do celular do condutor para comunicação e entretenimento. Ou seja, assim que conectado, o sistema exibe os aplicativos ao lado dos dados essenciais, como velocidade e nível de carga.
“Todos nós levamos nossos telefones conosco e usamos aplicativos para navegação e entretenimento, por isso vimos uma chance de economizar despesas, evitar duplicação e reduzir o peso dos sistemas integrados. Basta trazer seu próprio aparelho e conectá-lo”, explica o chefe de design e conceito da Citroën, Pierre Sabas.
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