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Economia vai além do motor eficiente
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Economia vai além do motor eficiente

Aço de alta resistência e alumínio são utilizados para reduzir peso e emissões e tornar carros mais eficientes

28 de set, 2016 · 4 minutos de leitura.

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 Economia vai além do motor eficiente
Audi TT traz menos alumínio que anterior, mas, aço de alta resistência o deixou ainda mais leve

Reduzir o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de poluentes por veículos vai além de fazer alterações no motor. O uso de alumínio tornou-se um aliado das montadoras, especialmente nos países do Hemisfério Norte, onde as leis são bastante rígidas e os carros, muito requintados.

O primeiro modelo feito quase totalmente desse metal foi o A8, lançado na primeira metade dos anos 90. No sedã, a liga só não estava em partes que não podiam ser feitas desse material, como engrenagens, elementos soldados e parafusados ao monobloco. “O alumínio permitiu deixar o A8 entre 300 e 400 quilos mais leve (na comparação com o aço)”, diz o consultor técnico da Audi, Lothar Werninghaus.

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Desde então, há cada vez mais carros feitos com esse metal – no ano passado, a picape Ford F-150, veículo mais vendido do mundo, passou a ser feita de alumínio. De acordo com informações da fabricante, com isso o peso da “grandalhona” F-150 foi reduzido em cerca de 300 kg em relação a um modelo igual feito de aço.

As montadoras desenvolvem estudos em outras frentes, como o aço de alta resistência. “Ele é mais fino que o convencional e, portanto, mais leve”, diz Werninghaus. “Outra vantagem é que sua produção exige menos energia que a do alumínio.” O chassi da F-150 é feito desse material.

A combinação dos dois metais também é utilizada na produção de diversos tipos de carros. “A nova geração do TT é mais leve que a anterior, que usava mais alumínio, graças ao uso de aços mais elaborados.”


O senão é que, em modelos menores, o alumínio pode ser um limitador. “Se o carro for muito leve, os pneus perderão contato com o piso em alta velocidade”, diz Werninghaus.

O sedã Jaguar XE, por exemplo, tem 75% da carroceria feita de alumínio. O aço dos outros 25% serve para garantir a boa dirigibilidade.

Custo. Mesmo com o aumento da escala, esses metais ainda são caros e, portanto, inviáveis para a maioria dos veículos. Em “populares”, como os VW Up! e Polo europeus, apenas algumas peças são feitas desses materiais.


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