RAFAELA BORGES
FOTO: CARPARAZZI
A aposta da Mercedes-Benz para o mercado brasileiro é a plataforma do novo Classe A, hatch que está sendo mostrado no Salão de Genebra (Suíça), que vai até domingo. A marca alemã planeja produzir aqui um dos modelos derivados dessa arquitetura, que terá no total cinco veículos.
“O três-volumes ou o utilitário-esportivo são os que fazem mais sentido”, disse o vice-presidente mundial de marketing da empresa, Phillip Schiemer. De acordo com o executivo, a montadora está estudando voltar a produzir automóveis no País. Esse plano ganhou força após o governo brasileiro tomar medidas protecionistas – aumentou, no início do ano, o IPI para importados – e a Mercedes-Benz fechar acordo de cooperação com a Renault-Nissan, que já tem uma fábrica no Paraná e erguerá outra no Rio.
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“O Classe A era o carro errado na hora errada”, disse Schiemer sobre a mal sucedida produção nacional da primeira geração do hatch. O modelo foi feito na fábrica da Mercedes em Juiz de Fora (MG) até 2005 e suas vendas sempre ficaram bem abaixo das previsões da montadora.
Para Schiemer, nem aquele carro, que era um monovolume, nem sua nova geração (terceira), um hatch médio, fazem sentido para produção no País. Daí a aposta no sedã, que será lançado na Europa no ano que vem. O modelo, flagrado recentemente em testes pela agência Carparazzi, será batizado de CLC ou CLA.
O mais provável é que a marca fará aqui o utilitário, com lançamento previsto para 2014 no mercado europeu. O novo modelo, que receberá o nome de GLC, brigará com o X1, que além de ser o líder de vendas da BMW no Brasil, é o carro mais cotado para ser feito na planta que a empresa construirá em Joinville (SC).
