“Carro, vamos para casa”. A voz aciona o veículo que dá início ao trajeto do trabalho à sua casa enquanto você toma um cafezinho atrás do volante. Impossível? Não para marcas como Mercedes-Benz, Nissan, Volvo e até desconhecidas do meio automotivo, como a Google. Para elas, os carros autônomos (que andam “sozinhos”) já são realidade.
Essa tecnologia pode ajudar a reduzir um número assustador: 1,2 milhão de pessoas morrem todos os anos vítimas de acidentes com veículos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). As causas mais comuns estão relacionadas a fatores como dormir ao volante e não respeitar os semáforos, entre outras.
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Diretor de vendas e marketing da Mercedes-Benz, Joachim Schmidt afirma que, em no máximo dez anos, os carros autônomos da marca estarão nas ruas. No sedã S500, recém-apresentado no Salão de Frankfurt (Alemanha), o recurso não tira a autonomia do motorista e pode ser desligado. Segundo Schmidt, a tecnologia deve ser expandida para outros Mercedes. O presidente mundial da Nissan, Carlos Ghosn, diz que a marca japonesa está “comprometida em introduzir a tecnologia de veículos autônomos até 2020.”
Não são só as montadoras que estão engajadas nesse processo. Um projeto da Google nessa direção surgiu em 2010. Steve Mahan, que tem apenas 5% da visão, foi um dos primeiros a guiar um Toyota Prius com um kit da empresa. Além de oferecer mais segurança ao usuários, a Google pretende que mais pessoas que não podem dirigir, como Mahan, “assumam” o volante.
O carro da empresa utiliza navegador GPS, câmeras, radares e fachos de lasers para “enxergar” o tráfego e entender os caminhos (confira abaixo). Considerado seguro, o modelo foi liberado para uso em vias públicas pela prefeitura de Nevada, nos EUA, no ano passado.
No Brasil, só há carros autônomos em filmes de ficção. “A tecnologia não é a realidade do País. Muito pelos custos envolvidos em um projeto desse tipo”, afirma o diretor de segurança da Associação Brasileira de Tecnologia Automotiva (AEA), Marcus Vinicius Aguiar.
