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Feriadão: deixe a manutenção do carro em dia; veja dicas
Manutenção

Feriadão: deixe a manutenção do carro em dia; veja dicas

Manutenção preventiva antes de pegar a estrada previne acidentes e possíveis multas; e dá até para fazer na garagem de casa

Vagner Aquino, especial para o Estadão

23 de jan, 2024 · 9 minutos de leitura.

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Crédito:CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO

A falta de tempo, de dinheiro, ou a impossibilidade de folgas no trabalho exigem que muitos escolham viajar para locais próximos neste feriadão – é aniversário de São Paulo na quinta-feira (25) – onde é mais vantagem ir de carro. Mas não pense que é só apanhar as chaves e o documento e sair por aí, afinal, qualquer viagem, por mais breve que seja, exige manutenção preventiva. Nem que seja aquela revisão básica, que dá para fazer na garagem de casa. O foco é garantir tranquilidade e evitar paradas inesperadas pelo caminho.



Para quem não quer (ou não pode) gastar com mecânico, é imprescindível reservar um tempo para fazer uma inspeção no veículo. Em menos de uma hora, dá para verificar o funcionamento do sistema de iluminação, o estado dos pneus e os níveis de água do radiador e óleo do motor, por exemplo. Portanto, caso se sinta confortável, faça a manutenção você mesmo

Limpadores e palhetas do para-brisa

As palhetas dos limpadores exigem cuidados básicos. Por isso, limpe as borrachas dos componentes com um pano úmido. Isso evita que risquem o para-brisa. Se estiverem ressecadas, faça a substituição (consulte o verso da embalagem antes da compra do componente para saber se determinado modelo se aplica ao seu carro). O modo de aplicação é simples (leia mais). Feita a higienização ou substituição, lembre-se de verificar o funcionamento. Encha, por fim, o reservatório com água.

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Confira se o pneu tem bolhas ou desgaste (Monica Zarattini/Estadão)

Pneus

Outro item que muitos condutores não dão a devida importância, mas que são cruciais para o bom funcionamento de todo o conjunto são os pneus (conte aí o estepe). Fique atento ao desgaste excessivo ou irregular das bandas de rodagem. Isso indica troca. A pressão deve ser checada semanalmente ou a cada 15 dias, no máximo. A indicação da carga ideal fica no manual do proprietário ou, em alguns modelos, no canto da porta do motorista ou na portinhola do tanque de combustível. Se a marca do TWI foi atingida, é hora de trocar.

Motor

Com o motor frio, verifique o nível do líquido de arrefecimento do radiador (há marcações no próprio reservatório) e do óleo. Para isso, retire a vareta, limpe-a (pode ser com papel toalha, por exemplo, para não contaminar o lubrificante) e recoloque no tubo. Retire-o novamente e veja se a marca está entre os níveis de máximo e mínimo. Dê a partida e veja se há ruídos incomuns no motor. Dar uma voltinha para se certificar que está tudo certo com as suspensões e o balanceamento e alinhamento nunca é demais. No caso de anormalidades, vá ao mecânico.


Debaixo do capô, cheque desde o óleo até a água do limpador de para-brisa (Caoa Chery/Divulgação)

Luzes

Faróis altos e baixos, lanternas, luzes de ré e de neblina, bem como setas e luzes que iluminam as placas e o interior do carro devem ser verificadas. Esse descuido pode até acarretar em multa, cabe lembrar. Durante a manutenção preventiva cheque o alinhamento dos faróis e suas regulagens, e se as vedações das lentes estão em bom estado para evitar a entrada de água. Se a cor da lente do farol estiver amarelada ou opaca é necessário trocá-la. Inclusive, nunca passe produto químico no componente e evite adaptações.

Equipamentos gerais

É importante saber como está a bateria. Se o veículo apresentar problemas de partida, observe a situação do componente e do alternador. E não se esqueça de checar estepe, triângulo, chave de roda e macaco. Tudo deve estar em perfeitas condições para casos de pane.


Documentação

Nunca é demais lembrar que, em de blitze, o carro pode ser apreendido se não estiver com a documentação em dia, ou se a habilitação do condutor tiver vencido há mais de 30 dias. Isso, no entanto, gera multa gravíssima, de R$ 293,47, e 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

No mecânico

Mesmo com todos esses cuidados, nada como levar o carro, previamente, em um mecânico. Afinal, como sempre indicamos, sai mais em conta a manutenção preventiva do que a corretiva. Além de todos os tópicos já citados nesta reportagem, um dos pontos de atenção do profissional é o sistema de freios, afinal, é disso que depende a desaceleração do veículo – principalmente em estradas, onde a velocidade é mais alta. O fluído de freio, lonas, discos e pastilhas também merecem atenção redobrada.

O alinhamento das rodas e pneus é essencial. O procedimento serve para ajustar os ângulos das rodas, fazendo com que elas fiquem paralelas em relação ao solo e ao volante. Isso, evidentemente, mantém o controle do carro.


Já o balanceamento consiste em algo fundamental para dar equilíbrio ao veículo. E também interfere no desempenho dos pneus. A falta disso pode até fazer com que o motorista perca o controle da direção quando em movimento.

No motor, peça para o mecânico que fizer a manutenção para que confira as velas. Elas são responsáveis por produzir a centelha que induz a queima da mistura do ar com o combustível nos cilindros do motor. Ou seja, velas ruins podem provocar falhas na partida e perda de desempenho. Inclusive, a revisão do sistema de ignição é parte fundamental para garantir uma boa viagem, o que engloba, além das velas, os cabos e bobinas de ignição. É importante, também, verificar as correias do alternador. Caso apresentem ressecamento ou algum tipo de dano, resta a substituição como único caminho.

Por fim, peça ao profissional a checagem do estado dos amortecedores. E entenda se está tudo certo com molas, buchas e bandejas. O conserto do sistema pode não ser barato, mas é fundamental no caso de anormalidades.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.