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Época de chuvas exige cuidados com as palhetas dos limpadores; confira
Manutenção

Época de chuvas exige cuidados com as palhetas dos limpadores; confira

Palhetas dos limpadores de para-brisa devem ser limpas com pano úmido e trocadas uma vez por ano; verificação é constante

Vagner Aquino, especial para o Estadão

11 de dez, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Palhetas
Palhetas devem estar em perfeito estado para garantir visibilidade ao motorista
Crédito:Bosch/Divulgação

Dezembro começa a época de chuvas. Por isso, é necessário ficar atento aos limpadores do para-brisa. Borrachas das palhetas danificadas, mau funcionamento ou mesmo ausência do componente são situações que devem ser sanadas com antecedência, a fim de garantir a visibilidade perfeita do motorista e, consequentemente, a segurança dos ocupantes do veículo.



De acordo com especialistas, recomenda-se verificação constante das palhetas. A média é de seis meses. Entretanto, a troca pode ser feita anualmente. Mas isso pode mudar. Em locais com clima muito quente, a periodicidade antecipa. Isso se deve à maior incidência de raios ultravioleta do sol – o que resseca a borracha. Se o lugar tiver muita poeira, a atenção redobra.

Palhetas com defeito, além de aumentar os riscos nos dias de chuva, torna o motorista mais suscetível a cometer infrações, bem como provocar acidentes e aumentar gastos. Para se ter ideia, além de reduzir a vida útil do componente, o ressecamento resulta em riscos no para-brisa, além de trepidação e ruídos.

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Na hora de limpar as lâminas de borracha, use apenas um pano umedecido com água. E nada de utilizar produtos químicos no reservatório do limpador, como detergente (salvo os específicos para esse fim), álcool, etc, porque isso pode danificar a borracha.

palhetas
Palhetas não têm preço fixo e valores dependem do modelo do carro (Bosch/Divulgação)

Praticidade na hora da troca

O preço das palhetas varia de acordo com o modelo do veículo, do local de compra e onde se faz a troca. Dá para fazer a substituição rapidamente. E em casa. De acordo com a fornecedora automotiva Valeo, o passo a passo é o seguinte:


Levante a haste (também conhecida como braço) até que ela fique perpendicular ao para-brisa. Solte a palheta antiga e tire-a da haste. Para esse procedimento, é preciso identificar onde está o pino ou trava plástica e soltá-lo. De acordo com cada modelo de haste e palheta, a maneira de tirar a trava pode mudar. Na sequência, encaixe o novo limpador e certifique-se de que ele está travado. Deite o limpador novamente sobre o para-brisa – mas tome cuidado com a força da mola, para não causar nenhum dano ao vidro.

Outros problemas além das palhetas

Além do estado de conservação das palhetas, se faz necessário ficar de olho em outras partes do sistema. A princípio, verifique a operação do motor do limpador e a integridade dos braços do componente. Não deve haver folgas. Cheque também o funcionamento do esguicho de água. Nunca o deixe obstruído.

Além disso, também é recomendável fazer a descontaminação dos vidros do carro. Isso também evita o desgaste prematuro das borrachas. O serviço é rápido e seguro. Entretanto, deve ser feito por profissional qualificado.


palhetas
Vidro engordurado também compromete o trabalho dos limpadores (Yuri Andrade/Arquivo pessoal)

De acordo com Yuri Andrade, proprietário e detailer profissional da Studio Italia Auto Detail Estética Automotiva, que fica na capital paulista, a descontaminação dos vidros e aplicação de proteção custa, em média, R$ 390. Tudo depende do tamanho do carro, mas o serviço dura entre 3 e 4 horas. O profissional recomenda a repetição do procedimento a cada seis meses.

Mas esse prazo pode diminuir, caso o proprietário não tome alguns cuidados extras com os vidros. Entre eles, aplicar vitrificador no para-brisas, por exemplo. “Isso evita acúmulo de água e manchas de chuva ácida. Ademais, descontaminar as borrachas usando Clay Bar ajuda a deslizar melhor a borracha na superfície envidraçada”, indica Andrade. Por fim, o profissional recomenda: “não use removedor de chuva ácida no para-brisas, ele pode causar manchas irreversíveis no vidro e até na pintura do carro”.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.