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Fiat será marca de carros elétricos a partir de 2030 na Europa. E no Brasil?
Mercado

Fiat será marca de carros elétricos a partir de 2030 na Europa. E no Brasil?

Direção da marca italiana anuncia que abandonará motores a combustão no fim da década, mas filial brasileira da Fiat estará pronta?

Diogo de Oliveira

07 de jun, 2021 · 6 minutos de leitura.

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bateria
Stellantis deve seguir exemplo de outras montadoras e comprar baterias de empresas chinesas
Crédito:Fiat/Divulgação

O ano de 2021 está se tornando possivelmente o marca da eletrificação do automóvel. Desde janeiro, várias montadoras estão anunciando que irão abandonar os motores a combustão interna ao final desta década, ou seja, a partir de 2030. A mais nova empresa a anunciar seu plano de eletrificação é a Fiat. A italiana aproveitou o Dia Mundial do Meio Ambiente, no último sábado (5), para anunciar que fará apenas carros elétricos a partir de 2030.

No comunicado oficial, a direção da Fiat informa que a montadora vai se tornar elétrica “gradativamente” a partir de 2025. Então, ao fim da década, passará a produzir apenas veículos totalmente elétricos.

“É nosso dever trazer ao mercado carros elétricos que custem não mais do que aqueles com um motor de combustão interna. Isso o mais rápido que pudermos e, em paralelo, ao custo em queda das baterias. Estamos explorando o território de mobilidade sustentável para todos”, anuncia o CEO da Fiat, Olivier François.

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Fiat 500e elétrico Stellantis
Fiat/Divulgação

Novo 500e inaugura “era elétrica” da Fiat

O primeiro modelo dessa nova fase eletrificada da Fiat será o pequeno 500e. O hatch estreou em 2020 na Europa. Esta nova geração mantém o elo com o passado, com linhas modernas de estilo retrô. Porém, agora é puramente elétrica e dispõe de bateria de 42 kWh, capaz de entregar autonomia para até 320 km, mais que o suficiente para o dia a dia na cidade.

Conforme antecipamos aqui no Jornal do Carro, a volta do Fiat 500 ao Brasil também virá por meio da variante elétrica do Cinquecento. O hatch inclusive já foi visto em testes por aqui. Segundo o Autos Segredos, o o 500e virá importado na versão de topo Icon. O seu motor elétrico tem 85 kW e, assim, gera até 118 cv de potência, além de 22,4 mkgf de torque máximo.


Dessa forma, o Fiat 500e promete ser rápido, com aceleração de zero a 100 km/h em apenas 9 segundos. Entretanto, como na maioria dos carros elétricos, a velocidade máxima é contida e não ultrapassa os 150 km/h. Essa é uma forma de preservar as baterias, que recuperam até 80% da autonomia em 35 minutos plugadas em tomadas de alta voltagem.



Fiat 500e elétrico
Reprodução Instagram/@carroscamuflados

Brasil vai acompanhar o calendário?

De um modo geral, o mercado brasileiro está um pouco atrasado na corrida pelos carros elétricos. Embora as vendas desses modelos estejam em alta no país, e até estabelecendo recordes, os modelos disponíveis ainda são muito caros perante o poder de compra do público. Assim, a Fiat talvez não esteja pronta no Brasil em 2030 para virar a chave da eletrificação.


Tal como publicamos na última semana, o presidente da Stellantis na América Latina, Antonio Filosa, disse que as marcas do grupo irão estudar o mercado nacional ao longo dos próximos cinco anos, para, então, entender como a indústria vai evoluir no país. Os testes começam agora no 2º semestre, com as chegadas do Fiat 500e e do Peugeot 208 e-GT.

“Primeiro vamos testar o mercado, por cerca de 5 a 6 anos, (mas) ainda não tem nada definido. Até o final do ano deve chegar o 500, da Fiat, o Jeep Compass, assim como um Peugeot e outro Citroën. Tudo será materializado com novidade em infraestrutura”, declarou Antonio Filosa. Segundo o executivo, a Stellantis vai “importar carros de todas as marcas, para entender o quanto o mercado é acolhedor com essas tecnologias”.


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