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Fiat vai aposentar o motor 1.8 E.torq para cumprir leis de emissões
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Fiat vai aposentar o motor 1.8 E.torq para cumprir leis de emissões

Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) exigirá mudanças no portfólio da Fiat, que deverá abandonar Doblò e até Grand Siena

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

02 de dez, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Fiat
Motor 1.8 E.torQ e idade do projeto aposentaram a minivan Doblò após 20 anos de Brasil
Crédito:Fiat/Divulgação

O motor 1.8 E.torQ, da Fiat, deve sair de cena a partir do dia 1 de janeiro. O motivo? A sétima fase (L7) do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que fecha o cerco quanto à emissões de poluentes e ruídos. E, com isso, haverá mudanças no line-up da marca. O principal afetado será o Doblò que, finalmente, vai deixar o Brasil – onde foi lançado em 2001.

Assim como o monovolume, Toro Endurance 1.8 também sai de linha. Em síntese, mantê-lo já não fazia muito sentido na linha 2022. Afinal, há pequena diferença de preços entre a configuração e o modelo 1.3 T270 (1.3 turbo). Respectivamente, custam R$ 132.138 e R$ 137.406 – diferença de R$ 5.268.

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Diogo de Oliveira/Estadão

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No mais, despedem-se Argo HGT e Trekking, além de Cronos Precision e HGT. E tem mais: o Jeep Renegade 2023 será lançado em janeiro somente com motores turbo. Caberá à Fiat escolher entre o 1.3 turbo ou mesmo a utilização do 1.0 turbo GSE, que chegou recentemente ao mercado no SUV Pulse.

SUVs
Fiat/Divulgação

A gama de opções evidencia que a aposentadoria do E.torQ, no entanto, não deixará saudades. Afinal, o grupo já conta com motores mais eficientes. Como exemplo, o novo 1.0 turbo, por meio da prática do downsing, não fica tão aquém do veterano propulsor. São 130 cv contra 139 cv de potência máxima, respectivamente.


E.torQ surgiu em 2010

Para quem não se lembra, a história do E.torQ começou no século passado, por meio de parceria entre BMW e Chrysler. Mas foi em 2010 que, após adquirir a fábrica – que fica em Campo Largo (PR) – e toda a tecnologia presente que a Fiat lançou os motores 1.6 e 1.8 E.torQ. Antes, a Fiat usava propulsores de origem GM.

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Márcio Fernandjes/Estadão

Ao longo do tempo, o 1.6 E.torQ – que equipou modelos como Palio e Punto – saiu de linha. Já o 1.8 se atualizou, ganhou potência e até ficou mais econômico. Entretanto, nada tão transformador que possa convencer a nova legislação nacional, vigente a partir do mês que vem.


Grand Siena

Quem também deve deixar o portfólio da Fiat é, por fim, o Grand Siena. Datado de 2012, o sedã é, hoje, comercializado com opções de motores 1.0 ou 1.4 flex. Com preços de, respectivamente, R$ 69.923 e R$ 75.112, o modelo é o único veículo oferecido no Brasil com o opcional de preparação para utilização do Gás Natural Veicular (GNV). Para ocupar a lacuna, a marca italiana deve lançar o Cronos com propulsão 1.0 turbo e câmbio CVT. Nada foi, no entanto, confirmado pela fabricante.

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Fiat/Divulgação

Assim como o propulsor 18 (que continuará produzido apenas para exportação), o motor 2.0 turbodiesel da picape Toro receberá o tanque de Arla 32. A ideia é, também, seguir às regras do Proconve, visto que o produto serve para tratamento de gases.


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