Carros esportivos a serviço da polícia é algo comum na Europa, que tem até Lamborghini e Bugatti incorporados às suas frotas. Entretanto, desde última semana, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ganhou sete (belos) reforços que vão patrulhar as rodovias brasileiras. Os carrões são todos modelos luxuosos apreendidos de criminosos e que, agora, servirão ao Estado brasileiro como viaturas.
A princípio, trata-se de modelos caríssimos e cobiçados pela bandidagem tanto pelo desempenho quanto pelo luxo, robustez e esportividade. Na lista: Range Rover Velar P300 SE R-Dynamic, Jeep Grand Cherokee, Porsche Cayenne GTS, Mercedes Benz E300, BMW 330I M Sport 2.0, BMW 320I 2.0 e até o Toyota Tundra 5.7 V8, nunca vendido oficialmente no Brasil.
Ou seja, máquinas com ticket médio de R$ 300 mil – e tem modelo de quase R$ 500 mil. De acordo com a Justiça Federal, a soma da frota total dá, aproximadamente, R$ 2 milhões.
A transformação dos carros apreendidos em viaturas só foi possível graças à autorização da Justiça Federal. Nesse sentido, a corporação equipou os carrões de luxo com adesivagem da PRF, sirenes e sistema de comunicação via rádio. Os modelos também poderão ser usados em eventos de exibição.
Medida já adotada pela PRF
A medida de equipar a PRF com modelos superesportivos e de luxo não é inédita por aqui. Para quem não se lembra, em 2019, a corporação passou a desfilar a bordo de um Dodge Challenger, usado na fronteira do País com o Estado do Paraná.
Também fruto da apreensão de criminosos, no ano retrasado, a Polícia Militar de Santa Catarina recebeu um Porsche Cayenne e um Mercedes-Benz C63 para uma espécie de propaganda da corporação – ato conhecido como policiamento vitrine. Um Chevrolet Camaro, no entanto, já fazia parte do programa à época.
Detalhes dos novatos
Graças aos veículos confiscados de traficantes durante os desdobramentos da Operação Status – feita pelo Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul -, a Polícia Rodoviária Federal passa a contar com a inédita picape Toyota Tundra. O órgão não informa o ano/modelo dos veículos. Entretanto, no caso da japonesa, detalhes apontam para um modelo 2015. Com base nisso, é possível afirmar que a irmã maior da Hilux tem motorzão V8 de até 380 cv. Preço fica pouco abaixo dos R$ 400 mil em sites de classificados.
O modelo mais caro da lista é o Range Rover Velar P300 SE R-Dynamic. No modelo 2018, sai por volta de R$ 400 mil. Tem motor 2.0 turbo de 250 cv, câmbio automático de oito marchas e tração integral.
Também na lista de SUVs, outra alternativa aos Chevrolet Trailblazer usados pela corporação é o Porsche Cayenne GTS. Seu visual aponta para o modelo 2016, quando tinha motor 3.6 bi-turbo de 440 cv. Hoje, o preço médio da configuração é de quase R$ 370 mil, de acordo com a Tabela Fipe.
No caso do Jeep Grand Cherokee (aparentemente 2012), não se sabe ao certo se trata-se da configuração Laredo ou Limited. Ambas, nesse sentido, carregavam o motor 3.6 V6 de 286 cv. O SUV está no mercado por aproximadamente R$ 70 mil.
Sedãs
A lista de sedãs é composta por três alemães. São, contudo, dois exemplares da atual geração do sedã Série 3. A configuração 320i Sport GP 2020 vale cerca de R$ 230 mil. Já a esportiva 330i M Sport (foto acima), de 2020, vale R$ 280 mil. Ou seja, a dupla conta com motor 2.0 turbo de até 258 cv e tração traseira. O modelo, atualmente, só é vendido em versões híbridas.
Já a Mercedes-Benz, tem como representante o E 300. Provavelmente, na variante Avantgarde (2020), de R$ 358 mil – de acordo com a Tabela Fipe. Nas demais versões, Avantgarde Sport e Exclusive, pode ser encontrado por mais de R$ 430 mil. Nesse sentido, o alemão tem motor 2.0 turbo de 258 cv. O câmbio automático tem nove marchas. Tração traseira.